sábado, 20 de outubro de 2007

Amado, Santana, Menezes, Sousa Tavares, Rodrigues dos Santos


Este título faz-me lembrar uma crónica do Lobo Antunes, há uns anos largos, em que escreveu o nome de todos os irmãos e falou da já conhecida "casa de Benfica".
Neste caso nenhum é parente mas destacaram-se na semana passada. Uns mais que outros.
Não vejo pontos comuns entre uns e outros. Contudo apetece-me falar deles (ou por causa deles).
Luís Amado é um homem inteligente, discreto, desinteressado. É dele, mais que Sócrates, a vitória do Tratado de Lisboa. Amado sabe que chão pisa, é paciente e com aquele ar "calimeral" vai levando a água a seu moinho por essa Europa fora. Está de parabéns.
Santana Lopes regressou e tem um palco, garantia de holofotes, de jornalistas a gravitar, de secretárias e mordomias. Tem algum projecto inovador? Que se saiba ou tenha dito, não.
Luís Filipe Menezes deu uma entrevista a Judite de Sousa, na RTP. Fraca, "cansada", sem novidades, sensaborona e que contou com uma ajudinha da entrevistadora... LFM descobriu, após ataques violentos na campanha, que o PSD deve revisitar o passado, ajustar contas. Ideias: para mim, quase nada.
Sousa Tavares e Rodrigues dos Santos foram redescobertos pelos media. Estão em grande. Tudo o que seja para dar um contributo à cultura é noticiável. Mas que diabo, porquê tanta manchete?
José Carlos Vasconcelos escreveu uma crónica interessante na VISÃO (uma das publicações que, pela enésima vez, traça perfis de MST e JRS).
O que une estes homens são os media. Retirando Amado, que pouco apareceu e ao qual nenhuma "biografia" foi feita (apesar de ter apresentado o trabalho mais eficaz) todos os outros andaram na boca sedenta da inteligência que reina na maior parte das redacções. É claro que eu não estou a ver bem as coisas... Eles (comunicação social) também querem revisitar o passado, com bastante sangue, de preferência! Estão a ver como vão ser elaborados os textos dos "combates Sócrates/Santana"?

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

José Rodrigues dos Santos

Anda tudo aflito a falar do pivô da RTP. Percebo o porquê. Independentemente de ter um não razão, JRS tem um estatuto e uma visibilidade que lhe permitem colocar os dedos em todas as feridas. Quantos jornalistas são mais maltratados que ele? Quantos na RTP não sobem na carreira há anos? Tudo isto é estranho. Surge numa fase estranha. Na Pública, ao Domingo. JRS tem pelo menos um mérito, que os coleguinhas não extrapolam: a comunicação social está a tornar-se num antro de podridão interesseira aos poderes económicos, políticos e afins. Descarada como nunca.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Amizade

O que é a amizade? Quem são os nossos verdadeiros amigos? Agora está mais em voga dizer-se "conhecidos" (palavra fria, escorregadia). O amigo é aquele que está, que permanece, que não cobra, que crítica e grita, mas que afaga quando é preciso, genuinamente. As boas amazides perduram no tempo. E ficam num cantinho da nossa alma, mesmo que não vejamos esse amigo há muito tempo. O carinho é natural, os actos, o riso. Uma boa amizade não se quebra nunca. É para a vida. Tudo isto vem a propósito de um contacto que recebi hoje do DN Madeira, para enviar um testemunho sobre a minha passagem pela publicação. Não escondo: fiquei honrado, vaidoso. E escrevi. Porque para além de algumas "maldades" que me quiseram fazer (ao tempo), o balanço transborda de positivo. Foi lá, na rua da Alfândega, 8, que conheci o meu grande amigo João. Companheiro inseparável, preocupado, deixou-me numa noite fria, junto a Gavião, num estúpido acidente de automóvel. Um grande, grande amigo. E outros por lá fiz. Dos jornais tenho amigos leais, frontais.
A amizidade é a arte sublime de equilibrar o agradável com o menos agradável. E falar... Sempre!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Política (II)

Será que este é o PSD que o povo quer? Será que é LFM o homem ideal para derrotar Sócrates e o PS, em 2009? Não, não e não! Dias Loureiro, Ferreira Leite, Alexandre Relvas, Ângelo Correia, Rui Rio, só para citar alguns assistem de balcão a estra tragicomédia: Menezes, presidente, Santana, em bicos de pés, louco por um ordenado que o vá sustentando, Henrique de Freitas, vice de qualquer coisa, Helena Lopes da Costa, secretária-geral da junta, Mentes Bota, cantor de serviço, Duarte Lima... Tirando o extraordinário ex-secretário de Estado da Defesa, Negócios Estrangeiros, Henrique de Freitas, Cavaco arrumo-os a todos. E sabemos porquê. É esta malta que vai mandar no laranjal, com ar coloquial e semblante de homens de Estado. Marques Mendes foi um líder fraco. Na verdade, depois de Cavaco Silva nenhum deu com o "buraco na agulha".

Política viva

De um lado um «animal selvagem», do outro, um político com provas dadas, eleito pelas bases, pelo povo e para o povo. O PPD está de regresso. Contra os "barões". A política está viva! Menezes tem uma mão cheia de nada para oferecer, para debater. É o populismo no seu pior. Estou curioso pelas propostas... Por enquanto, só fumaça!

Contador

Hit Counters