quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Miguel Sousa Tavares


Foi com desconfiança que comecei a ver a entrevista que Miguel Sousa Tavares (MST) deu à SIC-N. Julguei que se fosse pavonear, mandar umas "bocas" e auto-promover-se. Enganei-me. E ainda bem. MST deu uma brava lição aos pacóvios nacionais que fazem da inveja, da coscuvilhice, da opinião rasteira e interesseira, uma forma de vida. A parte mais interessante, para mim, foi quando opinou sobre o estado a comunicação social na actualidade. De frente a Ana Lourenço (que se conteve o tempo todo...) desancou, positivamente, nas televisões, no modo de fazer entrevistas, do protagonismo de alguns jornalistas (que se substituem às suas próprias reportagens), à forma como os jornalistas recém-licenciados são atirados às feras, auferindo ordenados de miséria, fazendo "fretes" ao chefe e aos anunciantes publicitários. MST disse o que o jornalista assalariado não pode dizer: que os interesses comandam, que o jornalismo em Portugal estás desprestigiado e que, nos anos 80, fazia-se melhor. Estou a ver o Pulido Valente a verberar, entre mais um trago: "este tipo morde a mão que lhe deu de comer". Existissem mais MST. O que ele diz, por que tem disponibilidade financeira, enfurece muita gente. Ontem, pela primeira vez, concordei com ele de princípio ao fim.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

A verdade

Hoje há uma revisitação a um passado não muito distante, no Parlamento. Sócrates e Santana econtram-se, em papeis opostos. Será interessante de ver. Os media têm, como é habitual, carregado no acento tónico do "sangue", da "espuma". Quem vai ganhar o debate? O que falar a verdade. O que conseguir demontrar seriedade, profissionalismo, "obra feita". Sócrates só sairá derrotado se a fúria que o invade permanentemente voltar a rugir. Santana é exímio na arte da vitimização. E é disso que o povo gosta: ter pena do que leva pancada, do coitadinho, do veadinho morto pela besta. Faz parte dos genes lusitanos. Se Sócrates falar de frente, ranger os dentes e controlar-se, enfia Santana no local onde foi atirado por Sampaio. Santana foi convocado pela "raposa" Menezes, que já vai mostrando a sua impaciência face às perguntas menos comodas lançadas pelos jornalistas. Ele sabe o que está a fazer e tem um estratega de primeira água nos bastidores: Ângelo Correia. Menezes, mais que ninguém está inquieto com as diatrites que Santana possa fazer... No fundo basta a Sócrates falar a verdade, com humildade. Mas isso também pode revelar-se difícil para o "leão" que habita S. Bento.

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