quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A ganância

O povo saiu à rua. Os assobios começam a ferir os timpanos de Sócrates. Vai daí, está na hora de começar a campanha para 2009: um chuto no rabo de Correia de Campos, "a seu pedido", um par de patins a Pires de Lima, que as elites contam e o "amigo" Joe Berardo está mais atento que nunca e umas tiradas da cartola no Parlamento, que o Santana e o Portas estão feridos de morte. O primeiro-ministro sabe que o seu problema não reside na AR, mas começa a efervescer nas ruas. O povo quer-se sereno e já não está a gostar da brincadeira de se andar a brincar aos médicos. Mas o PM surpreendeu, sorrindo para Belém e piscando o olho aos portugueses: são gananciosos os gestores que auferem ordenados e indemnizações brutais, disse ele da tribuna. Sócrates refere-se a quem? À iniciativa privada!? Aos gestores do Estado...? Não percebi. A ganância de querer obter uma nova maioria absoluta pode estar a tolher-lhe o pensamento. O povão gosta destas tiradas, mas não lhe tirem o médico e a enfermeira.

Regicídio duas vezes


Faz amanhã 100 anos que se deu um regicídio em Portugal, em pleno Terreio do Paço, centro ainda hoje ligado ao poder. D. Carlos e o príncipe herdeiro foram abatidos em circunstâncias ainda envoltas num certo mistério. À época o chefe de Estado era o Rei. Não se percebe que passado um centenário o civil Severiano Teixeira venha proibir o Exército de participar numa evocação à data. Privada ou não, pouco importa. A ideia serôdea e pronviciana mostra a mesquinhez que ainda grassa nalgumas mentes ditas de esquerda. É por estas que Salazar foi eleito o maior português . Eu, nessas circunstâncias, votaria, de olhos fechados, em D. Carlos. Triste país que insiste em, pacoviamente, aligeirar a sua História.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Devaneios do "pobre homem de Gaia"

Luís Filipe Menezes voltou a surpreender, desta feita no muito agradável Jornal 2, apresentado por Alberta Marques Fernandes. O homem ia "borrando a pintura" ao aproveitar o palco para fazer umas promessas eleitorais. Vai daí e mesmo depois da pivô referir que não era o sítio mais apropriado, Menezes assegurou que todos - perceberam bem, todos - os portugueses vão estar à distância de uma chamada telefónica do seu médico de família, sempre que for necessário. Em 15 minutos haverá uma resposta, complementou, se o PSD vencer as eleições de 2009. Consta até que Menezes vai dar uma mãozinha ao plano, atendendo também ele umas chamaditas, na sua qualidade de médico. Eu não resisti: pela primeira vez há muito tempo mudei para a edição da SIC-N. Parafraseando o director do DIABO, o "pobre homem de Gaia" não pára de surpreender.
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Mão amiga fez chegar ao conhecimento do autor destas linhas que Anabela Mota Ribeiro se prepara para um regresso em grande aos ecrãs da tv do Estado. Sinceramente, aprecio o seu trabalho. Coincidência ou não o nóvel ministro da Cultura é apenas... seu marido! Isto faz-me lembrar qualquer coisa...Será só coscuvilhice das redacções?

Um orgasmo anunciado

A comunicação social teve ontem um orgasmo visual, auditivo, bem... Caiu que nem uma bomba (como se ninguém esperasse) a notícia da remodulação no governo. Correia de Campos e Pires de Lima, pasme-se, pediram(?) a demissão. A meio da abertura do ano judicial, do cada vez mais preocupante caso dos voos da CIA, rádios, televisões, jornais pararam e ligaram a sirene: à fogo no governo! Vai daí, começou a hesteria habitual: directos para reacções (umas que não lembram o diabo), biografias dos novos ministros, mais reacções, directos ao telefone nas tv's, mais reacões, análise dos directores dos canais. Um fartote.
Hoje a fanfarra continua: todos os fóruns, todos, discutem e dão voz ao Povo: há sangue!
Até que ponto a classe jornalística não percebe que continua a ser uma óptima correia de distribuição da estratégia de comunicação de Sócrates? É óbvio que a remodelação é notícia e com destaque, mas deixar cair o resto? Será razoável cortar a meio declarações importantes e actuais num sector tão fragilizado como a Justiça para ouvir a nova ministra da Saúde dizer que a política para o sector vai ter seguimento. Fechem as agências de comunicação. Em Portugal os jornalistas, infelizmente, são os melhores assessores do governo.

Nem à 4.ª!


Sócrates cedeu. Não tinha outra hipótese. Ao correr com Correia de Campos, o PM quer incutir uma lufada de ar fresco na Saúde, "pescando" à ala alegrista do PS uma mulher, médica e conotada com a secção mais à esquerda. Não deixa de ser curisoso as evidências, os sinais. Sócrates quer serenar críticas internas e a Ordem dos Médicos. Conseguirá, mantendo a mesma política? Quanto à Cultura dizem que os lobis venceram. Não se percebe bem o motivo de Mário Lino não ter saído, nem Maria de Lurdes Rodrigues. O homem é teimoso e não percebe que a sua liderança só sairia reforçada com um abanão à séria no aparelho governamental. A sua sorte é ter um Menezes que, nem de empurrão, põe a máquina a trabalhar. Nem à quarta remodelação o teimoso PM chega lá.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

A rasteira de Jardim

Passaram quase despercebidas as "pérolas" soltas por Alberto João Jardim num jantar de "laranjas" em Castro Marim. Disse o líder da Madeira que a malta do PSD deveria "ter calma, deixar-se de jantares" para que o líder Menezes se possa afirmar. Eu não acredito na benevolência do desbocado Jardim, que ainda sonha pela tal "vaga de fundo" para se apresentar ao eleitorado... do continente. Ele sabe melhor que ninguém que com Menezes, Sócrates ganhará as eleições de 2009. Se o PSD não emendar a mão (e não vai mesmo) será esse o desígnio do "pobre" homem de Gaia. Jardim, na altura, vai-lhe dedicar uma ode!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Porca, feia e má


A cidade de Lisboa está cada vez pior. Decidi gastar algum do meu precioso tempo de Domingo a calcorrear algumas ruas, jardins, zona ribeirinha. Conclusão: deplorável. Do jardim do Adamastor (onde vi a maior concentração de drogados por m2 de toda a minha vida), passando pelo Chiado, Calçada do Combro, Convento de Jesus, ruas Garret e do Carmo, Rossio, Restauradores, av. da Liberdade, tudo está sujo, tudo está em obras, tudo é degradação. Não há um jardim arranjado, não há zonas aprazíveis, não há diversão (nem para crianças). Em muitas artérias ainda estão por tirar as luzes de Natal.

Já sei: a C. M. de Lisboa tem muita dívida, o Costa ainda está a "arrumar" a casa e o Sá Fernandes passeia-se pelos tribunais a dirimir processos atabalhoados. "As moscas são diferentes, mas a m**** é a mesma".

domingo, 27 de janeiro de 2008

Ser animal político


Nunca se vai poder comparar José Sócrates a Alberto João Jardim. O primeiro cresceu dentro do aparelho, o segundo moldou-o à sua maneira; o primeiro é do PS, o segundo do PSD; o primeiro é meticuloso, articulado, o segundo é buçal, populista; o primeiro não tem obra, o segundo está no povo, inaugura 500 metros de alcatrão e responde (mesmo que mal) aos jornalistas. Sócrates vem de famílias com dinheiro, Jardim vem da classe média, fala para o povo, mistura-se com ele. É um verdadeiro animal político, concorde-se ou não com as suas declarações inflamadas. Façam, no entanto, a justiça: a Madeira progride, tem taxas turísticas elevadas, escolas com infra-estruturas melhores que as melhores privadas do continente, centros de saúde com urgências em diversos concelhos que distam do Hospital Central do Funchal no máximo 45 minutos. Tem cidades e concelhos limpos, parques para crianças, diversões, estradas capazes, consultas de todas as especialidades no hospital (com fraca lista de espera), consultas no privado a 50€ (a convenção existente com o governo regional não permite preços mais elevados, porque a população não atingiu níveis de vida que suportem o normal regime de preços livres)... Que temos aqui no Continente? E por que está Jardim há tanto tanto na cadeira do poder, por mais abusos que cometa? E não venham com história que tudo é feito com o dinheiro dos contribuintes continentais. Esse comentário é tão estúpido quanto dizer-se que a nova estrada em Bragança foi feita com o dinheiro dos algarvios... A diferença maior que separa Sócrates de Jardim é que o segundo é mesmo político, vai à luta, proporciona boas condições de saúde, educação. O primeiro agarra-se aos barómetros económicos e não cede nas más políticas porque não tem coragem, porque é teimoso e tem pouca experiência. Um mau exemplo que vai perdurar por mais tempo que julgamos.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Ditadura da maioria: outra vez?

A frase é bem conhecida de todos nós. E parece voltar a fazer sentido. Nunca sinceramente pensei que um partido socialista fosse capaz de tomar medidas próprias das teorias neoliberais da direita. Não sou comunista, nem bloquista, nem maoista. Aplaudo a iniciativa privada mas concordo com a intervenção do Estado em áreas nucleares, como a Saúde e Educação. Quem ouviu ontem Correia de Campos na SIC-N julga que está tudo bem na sua área. O ministro, com uma calma de se lhe tirar o chapéu, lá explicou que novos hospitais vão ser abertos, que não é necessário pânico, etc. Quando há pessoas a morrer dentro de ambulâncias, estacionadas à porta de um hospital, pouco mais há a dizer. É digno de terceiro mundo. Mas neste país discute-se a conversa de uma operadora do CODU do INEM com um bombeiro de Favaios, mas poucos falam da resposabilidade POLÍTICA. Só por isso o inenarrável Correia de Campos já deveria ter calçado as pantufas. Mas o mais incrível é a actuação do primeiro-ministro. Com uma estratégia de comunicação ímpar (já requisitada pelos líderes dos países mais avançados do Mundo) "passeia-se" pelos intervalos da chuva.
Entretanto, sabe-se que o governo decidiu atacar o mais popular instrumento de poupança nacional: os certificados de aforro. A maioria está a subir de forma vertiginosa à cabeça dos governantes deste PS light. A "ditadura" está de volta... Vamos a ver o que acontece em 2009.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Santana, Menezes e CV&A

No PSD de Menezes as coisas não andam famosas. Agora Santana anda às turras com o secretário-geral do partido, Ribau Esteves. Por causa da "nova estratégia" de comunicação a adoptar também no grupo parlamentar, liderado... por Santana. O ex-primeiro-ministro não quer a Cunha Vaz e Associados a cochichar aos ouvidos dos seus deputados. Pelo meio existem comunicados, afirmações de que tudo não passa de um equívoco e até o gabinete de Jaime Gama veio dar uma ajudinha, lembrando a barragem feita à acreditação das agências de comunicação na AR. Não deixaria, contudo, de ser engraçado ver os acólitos do super consultor Cunha Vaz andarem nos Passos Perdidos a soprar para os ouvidos de Santana e companhia. Pior é impossível, dr. Menezes.

Já agora que estratégia de comunicação seguiria Menezes se algum dia for Governo? Seria bonito...

Bebedeira geral

A Liga de Futebol vai passar a designar-se, a partir de 2009, por Liga Sagres. A antiga I Divisão de Futebol vai seguir as designações de outras provas que fazem propaganda a bebidas acoólicas. Sinceramente ou estamos todos ébrios ou isto já não é mais o que era. Vai uma sagres?

País profundo, castrador


Um homem caíu dumas escadas, em casa e passadas horas sentiu-se mal e acabou por morrer. Acontece. Se o episódio ocorresse em Lisboa, no Porto ou nas capitais de distrito, o desfecho poderia ser outro. Mas aconteceu em Castedo! Sim, Castedo, Trás-os-Montes. Às 4 da manhã a família ligou para o 112 e tudo o que se passou a seguir é lamentável. A conversa do CODU com os bombeiros, a médica da VMER de Vila Real... Surreal, abstruso, incómodo de mais para ser verdade. Isto acontece porque no Portugal profundo não há médicos, não há serviços, não há nada. Talvez no tempo do fascismo as gentes de Castedo tinham um médico a quem ligar, do tipo "João Semana". Agora têm CODU, VMER, SBV, SUB e outras siglas interessantíssimas, mas longe. Triste esta sina. Ninguém entende esta política economicista, que teima em fechar os olhos à realidade crua de um país atrasado.

Ainda ninguém me conseguiu explicar se, em determinadas situações de emergência, é melhor ter um médico por perto ou não ter ninguém?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Massacre

Há muito que não assistia a um tão brutal e massacrante número de notícias sobre tamanha trapalhada na área da Saúde. Não é meu hábito, neste blogue, tecer grandes comentários sobre políticas concretas. No entanto, porque espera Sócrates para mandar às urtigas este inefável Correia de Campos? Se o exemplo deve vir de cima, rua com o homem. Até quando os nossos impostos vão andar nestas bolandas? Os episódios de Aveiro, de Anadia, de assistências médicas tardias, de fechos de urgências, de VMER, de SUB, etc. coram de vergonha este país, cada vez mais adiado.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Jornalismo domingueiro

Todos os jornalistas, ex-jornalistas e os que passaram por uma redacção, sabem que o Domingo é um dia fraco em notícias. Normalmente trabalha-se textos já desenvolvidos durante a semana e valoriza-se mais a opinião.
Os "consultores" de comunicação sabem disso e sabem que ao Domingo a malta está ansiosa por um "soundbyte", por um furo qualquer. O "expert" Clarence Mitchel, porta-voz dos Mccan aproveitou e lançou mais uma "descoberta" sobre o nefasto desaparecimento de Maddie. Foi comprado e fez o pleno. Telejornais, jornais, rádios, andaram ontem numa doidice por causa da notícia de um eventual barbudo que, muito eventualmente, raptou a criança...
O já cansado, mas multifacetado Moita Flores, deitou água na fervura. Para serenar as ideias e fazer descer à terra o alarido causado por um profissional, ao Domingo...

O espelho

Marcelo Rebelo de Sousa voltou ontem a defender a demissão do ministro da Saúde.
Correira de Campos já demontsrou não ter habilidade política nem comunicacional para estar à frente de um sector tão importante. A trapalhada da remodelação do SNS merece a sua cabeça. O que se passa no campo da Saúde é uma pouca vergonha e o ministro tem de sair.
Marcelo diz que Correia de Campos pode fazer "o pino" que mais ninguém acredita nas suas palavras. Concordo. Como eu também (e grande parte dos portugueses) não acredita nas suas. Marcelo "morreu" como actor político, depois de tanto zigue-zague. Brilhante, como Correia de Campos, mas volátil demais.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

À SÁBADO

A revista Sábado é uma publicação que varia de qualidade quase semanalmente. Efectivamente não encontra o equilíbrio necessário. Constantemente à procura de "sangue", seguindo o irmão "Correio da Manhã", a Sábado presta-se a artigos pouco dignificantes para a comunicação social. Na última edição lá vem uma notícia que "lava" o rosto do ministro Mário Lino, cheio de arranhões e nódoas negras, saído do combate Ota/Alcochete. Sem qualquer interesse jornalístico/público, lá conta a revista que o homem comeu cabrito e bebeu tinto no dia do Prós e Contras e que faz natação todos os dias. Pior, é impossível. Até onde vão os fretes! Um bom exemplo de "sarjeta".

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

O terceiro e o primeiro mundo

Tem estado ao rubro a discussão sobre a proibição de fumar nos locais públicos. Os fumadores inveterados, donde se destacam os que têm espaço de opinião nos jornais, têm dito tanta asneira que só mesmo o vício crónico os perdoa. Que eu saiba ninguém proibiu ninguém de fumar, como o Estado não "proibiu" ninguém de se suicidar da maneira que entender. Como em tudo tem de existir regras. Os não fumadores não têm de levar com as baforadas dos outros só porque sim. (Eu já fumei muito, mas acreditem que nunca num balcão de pastelaria ou num restaurante com mesas pouco espaçadas).
Em 2001 fiz algumas viagens: aterrei no Recife, Brasil e puxei do cigarro. Em Moçambique, idem. Em Timor, idem. Em Singapura, tentei, mas fui impedido. Fumar só no espaço próprio, que mais parecia uma gaiola. Não gostei, como é óbvio! Mas, após 14h de voo, apreciei o belo aerogare, os restaurantes, os espectáculos, o pianista e ainda tive tempo para um duche, uma massagem e mudar de roupa, antes de seguir para Darwin. Foi bom e fumei muito menos. Acreditem! Ninguém questionou as regras em Singapura, onde tudo estava limpo. Ao contrário de Recife, Timor e Moçambique. São as tais diferenças de mundos.

Prós e Contras (adenda)

Afinal Ângelo Correia não esteve no Prós e Contras desta semana, como foi anunciado dias antes. Mantém-se, contudo, o que escrevi sobre o assunto.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Porque será? (II)

Emídio Rangel destila uma zanga enorme sobre Santos Silva em duas edições do CM. O homem está de cabeça perdida e quem perde a cabeça, perde a razão. Porque será que Rangel "ataca" nesta altura? Ao pior estilo de Jardim (de quem é acérrimo crítico), o ex-chefe da SIC e da RTP presta um péssimo serviço.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Porque será?

Amanhã o Prós e Contras, da RTP1, vai falar do novo aeroporto. Normal. Mas porque será que Ângelo Correia é um dos convidados? Vai na qualidade de engenheiro, super-empresário, mentor de Menezes, porta-voz dos interesses árabes, comentador ou ex-MAI dos inícios da década de 1980? Talvez esta última. É que a malta anda raladíssima com as preocupações de Almeida Santos (presidente do PS) face à construção de um aeroporto na margem sul. Lembram-se? Um rebuçado para quem adivinhar... Boa Fátima Campos Ferreira, essa de se lembrar de Ângelo.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Mulher


Tive um professor de História, no Liceu de Jaime Moniz, no Funchal, que me disse uma vez, do alto dos seus 60 e tais anos: ter uma mulher bonita e inteligente é uma «dádiva». Isto, porque o Dr. Aragão, tal como eu, não perdia um episódio de D. Beija, novela brasileira de 1986(Manchete) que mostrava Maitê Proença em plena explosão da sua sensualidade. Vem isto a propósito da crónica de Fernanda Câncio, no DN de hoje. Assertiva, a jornalista socorreu-se das falsas lágrimas de Hillary Clinton na já atribulada corrida à Casa Branca, para discorrer sobre o sofrimento e a batalha que as mulheres têm de passar para atingirem objectivos dominados pelos "machos". Um homem que chore em público, bem, é complicado: poderá ser um mariquinhas, uma "flor de estufa" ou, pior, "é da idade, emociona-se com facilidade". Uma mulher que não chore é uma cabra. Isso mesmo: fria, gélida, porque não mostra sentimentos. Neste mundo desigual, a Mulher é, por ventura, o que Deus melhor criou. Esbate tudo à sua volta. E se, aliar inteligência ao facto de ser bonita, é uma autêntica bomba atómica. A Mulher é um ser especial, quer se queira ou não. A aura enigmática que as rodeia é sublime. Os "machos" são pouco junto delas, ao que elas conseguem fazer e acontecer. São belas até morrer. Tiro o meu chapéu às mulheres, especialmentes às da minha vida.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A Europa


Sócrates fez mal em não referendar o Tratado de Lisboa? Não! Quebrou uma promessa eleiroral? Sim e isso afasta cada vez mais as pessoas da política, que é vista como um "nojo" e um "tacho". Nesta teia em que menos se percebe o papel do PSD, Sócrates desmerece a política, suja-a, desautoriza-a e menoriza um dos seus pilares: a rectidão. Por mim não vem mal ao mundo não haver referendo (nunca concordei com este, nem com o do aborto, só para dar outro exemplo). A grande maioria está-se nas tintas para as consultas populares. Querem - com razão - saber como anda o custo de vida, se chega com dinheiro ao fim do mês e se vai haver consulta no hospital. Quanto aos temas europeus ou ando distraído ou desconheço o que anda a ser explicado nas escolas aos meninos. Esses, da geração do euro, é que têm de aprender deste o 1.º ano o que é, afinal, a Europa. Os outros, querem lá saber. Será que ainda Sócrates não percebeu isto, por mais amiguinhos que tenha por essa Europa fora.


PS: Este primeiro-ministro ou muda de postura e poderá ter um grande dissabor em 2009. Os portugueses adoram vítimas e cuitadinhos. Arrogantes, não.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Levar a carta a Garcia

O que é ser maoísta? O que é o PCTP/MRPP? Que ideologia prega? Que comunicação social é esta que não liga patavina ao incansável ex-futuro e próximo candidato crónico, de seu nome António Pestana Garcia Pereira?
"Na vice-presidência (GR Madeira) todos os serviços de consultoria jurídica em matérias de queixa-crime e pedidos de indemnização cível - o que inclui processos contra jornalistas - são adjudicados por ajuste directo à Sociedade de Advogados Garcia Pereira, desde 2004...)", in DN, 2008/01/09.
Há uns anos uma amiga do mesmo ofício contou-me um episódio envolvendo este ilustre advogado. Disse-me ela que se deslocou ao escritório de GP e que, perante a magnificência do mesmo, lhe perguntou como é que um "maoista convicto" convivia com isso, quando a classe operária passa pelo que passa. GP convidou-a de imediato a sair. A pergunta era acintosa, disse.
Agora, sim, estamos conversados!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Quer 27€ de combustível diário?

O Jornal de Negócios refere hoje que a nova administração da Estradas de Portugal está a cortar com uma série de mordomias dos seus colaboradores. Ficámos a saber que, numa frota de 800 veículos, havia quem gastasse mais de 27€/dia em gasóleo. Aliás não havia um plafond limite para os gastos com combustível. Para além desta acção de marketing de Almerindo Marques a Sócrates, estamos perante uma escandaleira nacional. O ministro da tutela não sabia? Esse dinheiro não dava para melhorar a saúde da população, etc.,etc.? Isto é na EP. E nas outras? O que anda a fazer a oposição, os "bufos" da PC e o Governo? Este desbaratar de dinheiros públicos enoja, causa náusea, numa altura do campeonato em que se discute se é melhor haver médico ou não haver num centro de saúde de um concelho recôndito? Ou está tudo doido ou querem continuar a fazer as pessoas parvas.

PS: Fátima Campos Ferreira começa a "perder a cabeça" com a sua pseuda influência na sociedade portuguesa. Para mim, a sra. é uma jornalista, como tantas outras. Aliás nunca lhe apreciei o estilo. Um pouco de humildade, por favor.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Surreal

Elvas, Portalegre, 04 Jan (Lusa) - A PSP de Elvas identificou e levantou um auto de contra-ordenação a um homem que teimou em fumar, quinta-feira à tarde, num café no centro histórico da cidade, disse hoje à agência Lusa fonte policial.
De acordo com a mesma fonte, o homem com cerca de 40 anos "recusou-se a apagar o cigarro", depois de alertado por uma funcionária sobre a proibição de fumar no café.
A funcionária do estabelecimento chamou a policia, que confirmou a infracção ao testemunhar no local que o cigarro "foi apagado à pressa e mandado pelo homem para debaixo do balcão do café".
"O homem foi de imediato conduzido à esquadra da PSP, onde foi identificado e levantado um auto de contra-ordenação", disse a mesma fonte.

Nota pessoal: E se na implementação desta esquizofrénica e fundamentalista medida houvesse um pouco de bom senso?

Ministro à rasca


Mário Crespo, de quem não sou fã, derreteu, ontem, no seu jornal das 21H, o ministro da Presidência, enviado à SIC para apagar vários "fogos" do dia informativo. Silva Pereira não é Jorge Coelho e no seu íntimo devia ter-se arrependido de ter posto os pés no estúdio de televisão. Tudo lhe correu mal. As pseudo explicações (não foram mais que comentários) à entrevista de Ferro Rodrigues à VISÃO (nada de especial, retirando a declaração de amor a Sampaio), a trapalhada do fecho de centros de saúde por todo o país e a cigarrilha fumada pelo sr. ASAE no Casino Estoril, na madrugada de 1, deixaram Silva Pereira completamente atónito. Quis passar a imagem do chefe, a tal da serenidade firme e determinante, mas não consegui. Fez uma triste figura. Se não tivesse ido, hoje já ninguém falaria no assunto. É assim, meu caro ministro!

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