sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Será?

Será mesmo verdade que os jornalistas Cecília Carmo e Hernâni Carvalho vão ser candidatos autárquicos do PSD?

JPP

José Pacheco Pereira afirmou ontem no programa Quadratura do Círculo que mantém a mesma opinião sobre Santana Lopes. Isto é, não concorda com a sua candidatura à Câmara de Lisboa. Manteve a coerência. O ideólogo de Manuela Ferreira Leite começa a impacientar-se. Não faltará muito para as setas começarem a ser publicadas no ABRUPTO ao contrário...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Os fantasmas de JPP

O Zé Pacheco, como diz Lobo Xavier, quando não pode criticar Manuela Ferreira Leite, zurze nos jornalistas. Vai ao ridículo de avaliar o que eles escrevem nos blogues. Na Sábado de hoje lá volta à teoria - que se está a tornar obsessiva - de que o DN e "certa imprensa" está sempre a promover Pedro Passos Coelho. Quer José Pacheco Pereira queira quer não, o ex-líder da JSD está a fazer o seu caminho e vai chegar à liderança do PSD, sem a sua ajuda. O intelectual da Marmeleira, que tem uma exposição pública assídua, deveria bater noutro ceguinho quando não consegue explicar mudanças radicais de posições da sua líder, como o aval a Santana Lopes à Câmara de Lisboa. Era interessante saber também o seu pensamento sobre o silência de MFL ao que se tem passado na Madeira.

Bacalhau não, obrigado


Declaração de interesses: o bacalhau é o meu prato favorito.
Amigos meus mostram-se chocados quando digo que na noite de Natal não vai o prato de bacalhau com couves à mesa, na minha Madeira. Mas é mesmo assim e há uma explicação: o peixe, em geral, era conotado, nos tempos de miséria, em especial durante a II Guerra Mundial, como alimento dos pobres. A carne escasseava, bem como outras iguarias, como o cacau e a manteiga. Por isso eram mais desejadas e utilizadas na "Festa". Na consoada comemos carne assada, peru recheado, batatas assadas, pudim de veludo, bolo família (feito com mel-de-cana). Bacalhau com couves à mesa de um madeirense, nem a brincar.

Que aborrecimento

A política portuguesa entou numa fase parva, amorfa, irritante, até. Manuel Alegre mói-nos diariamente com farpas, com evasivas sobre as políticas do partido que lhe paga a cadeira em S. Bento, mas não se afasta de vez e fala livremente, dando uma demonstração de desapego. Manuela Ferreira Leite aceita Santana Lopes para Lisboa (apesar de "não" ter votado nele). Paulo Portas ganha o partido com números dignos de democracias tipo China ou Coreia do Norte, mas vê-lhe fugir cada vez mais a popularidade. Jerónimo de Sousa insiste na luta do proletariado e na cruzada anti-liberal. Francisco Louçã decifra os números (maus) das estatísticas. José Sócrates auto-nomeia-se o primeiro-ministro que mais políticas de apoio social imprimiu. Não estará na hora de uma pausa, de uma introspecçãozinha...

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

De regresso


A excelente série "Conta-me como foi", que retrata a vida de uma família da classe média-baixa dos anos de 1960, no Portugal ainda amordaçado pelo Estado Novo, vai voltar à antena, em Janeiro, na RTP1. Vão ser mais 60 episódios com Miguel Guilherme, Rita Blanco e companhia para suster a série "Equador", que vai estrear na TVI, ainda este mês.

Falta de vergonha na cara


O que mais me enerva na política e na generalidade dos políticos é a falta de vergonha, dar o dito pelo não dito, ziguezaguear, fugir. Pedro Santana Lopes vai ser de novo o candidato do PSD à Câmara de Lisboa. Nada de novo, portanto. O "menino guerreiro", que não sabe fazer outra coisa na vida e precisa do salário dos cargos públicos como de pão para a boca, vai pôr a cabeça de António Costa em água. Tudo certo não fosse líder do PSD Manuela Ferreira Leite, a sua principal contestatária no rápido e desastroso consulado como primeiro-ministro. Chegou mesmo a insinuar que nunca votaria nele. Acabou por sucumbir à política rasteirinha do aparelho e das castas. Pior, não deu a cara na apresentação pública do nome. Lamentável.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Missa do parto


Iniciou-se hoje e prolongam-se até 24 de Dezembro, as missas do parto, na Madeira. A tradição, secular, é uma originalidade das gentes da ilha que, principalmente nas zonas rurais, se juntam ao pôr-do-sol e vão à Igreja assistir à "novena" em honra de Maria. As missas do parto continuam a ser uma das maiores manifestações da religiosidade popular e da cultura madeirense. Lá vive-se intensamente a "Festa", que é como se designa o Natal. A gastronomia própria, onde não se inclui o bacalhau com couves, prima pelos doces, pelas sandes de carne de vinho e alhos, pelos licores, pelas broas deliciosas (manteiga, mel e côco)... A "Festa" é cuidadosamente preparada, o que faz da Madeira deste dias um local ímpar. Voltando às missas do parto, os participantes são brindados, no fim, com sandes caseiras, canja de galinha, aguardente com mel, bolo de mel. Tudo generosamente servido pelas crentes mais devotas. A experimentar.
Veja o programa

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Manuel Alegre

O que mais me incomoda nesta história das críticas diárias de Manuel Alegre ao PS é ele não se assumir, na plenitude. O deputado, sempre eleito pelo PS, deveria ter a coragem de demarcar-se de vez, de cortar o cordão umbilical, abdicar do cargo de vice-presidente da Assembleia da República e tornar-se independente. Ele não deve nada ao partido mas, neste momento, o PS também não lhe deve muito. Aborrece esta forma de estar na política. Alegre faz a apologia democrática nos fóruns, nos jornais, nos debates, mas não toma uma decisão digna de registo.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Catedrais do consumo

Apesar da propalada crise e das juras de um 2009 ainda pior, os portugueses não dão descanso à carteira. Ou ao cartão de crédito. A maior catedral do consumo nacional - o Colombo - estava a abarrotar este Domingo. O elitista El Corte Inglés registava também um afluxo muito acima da média. Ou não há crise ou vivemos acima das nossas posses. Apesar da febre consumista própria do Natal quem não tem dinheiro não deveria ter vícios, como lembrou recentemente o milionário Belmiro de Azevedo. Mas há sempre um cartãozinho com alguma folga... Suponho que o gabinete de crise da DECO vai registar adesões recorde para o próximo ano.

Afinal tem reflexos

Gostei de ver os reflexos de George W. Bush. Afinal o homem ainda está aí para as curvas. Aconteceu no Iraque, numa conferência de imprensa. O autor é jornalista.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Os deputados da nação

A minha alma fica parva ao ver que tantos jornalistas/comentadores da praça não sabem que os deputados fazem, na sua grande maioria, gazeta ao Parlamento às sextas-feiras. Eu acrescento: às segundas também. Pelo menos era assim há uns anos atrás. Muitos dos eleitos pouco ou nada fazem. Da fama, estes senhores, também não se livram.

Professores «malandros»


Mais depressa José Sócrates e o PS perdem a maioria absoluta se cederem aos caprichos dos professores - representados por sindicalistas politizados até à medula - do que manterem a polémica avaliação. Sem detalhar sobre os documentos, que é isso que a generalidade dos portugueses faz, os docentes são vistos como os profissionais que menos fazem, que menos horas trabalham e que gozam mais férias que todos os outros. Não é bem assim, mas da fama, eles não se livram.

E se houvesse pancada?

Gostei de assistir a parte dos trabalhos de ontem na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM). Ri-me que nem um perdido. Gostei de ver Alberto João Jardim esbaforido a prometer "umas batatas" ao deputado do PND (o que gosta de dar espectáculo com bandeiras nazis). Aquilo é um regabofe, um autêntico circo. Há uns anos atrás, Jardim, também na votação do orçamento regional, chamou "cabra" a uma deputada do PS. Ele bem tenta evitar a ALM porque sabe que vão irritá-lo e que a boca vai vomitar asneira. Mas o que eu gostava mesmo é que houvesse pancada. Democrática, claro está. E adorava ver a reacção da institucional Ferreira Leite e do estadista Cavaco Silva.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O capitalista

José Pacheco Pereira rendeu-se ao capitalismo. Ainda por cima ao capitalismo requintado espanhol. Era vê-lo ontem, em boa companhia, no distinto Club del Gourmet, na mais castelhana avenida de Lisboa, a fazer umas comprinhas de Natal. O ex-maoísta rendeu-se ao bom gosto comercial.

Fechar para balanço

Henrique Medina Carreira é um pessimista crónico. E as televisões quando estão em queda, lembram-se de o chamar, porque a meio dos gráficos que apresenta há séculos , o homem malha em tudo o que mexe, especialmente nos políticos. E isso ajuda ao "circo". Ontem, na SIC-N, José Gomes Ferreira, deu-lhe de bandeja 45 minutos do seu "Negócios da Semana", para Medina repicar nos "papagaios, nos corruptos, nos políticos". Confesso, até me ri com a forma desabrida do ex-ministro das Finanças. Mas ele diz sempre o mesmo. Torna-se cansativo.
Na sua óptica o país deveria fechar para balanço e reabrir com um lifting novo. Com ele a comandar, claro, digo eu.

Manoel de Oliveira e o Porto Santo


Manoel de Oliveira celebra, hoje, 100 anos. Feito memorável. O realizador português mais galarduado de sempre tem um carinho especial pelo Porto Santo, ilha conhecida pela calma das suas águas e clima ameno. Em conferência de imprensa prometeu lá regressar, de férias, para apresentar também o filme "Cristóvão Colombo - o enigma", parcialmente rodado na pequena ilha. O que impressiona em Manoel de Oliveira é a forma simples como explica os seus filmes e a sua própria longevidade. Desafiado a descrever o seu quotidiono, declarou: "Normal. Trabalho, como, bebo, durmo e desfaço a barba". Os grandes mestres têm sempre esta forma de estar. Notável.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

João Batido e Sandra Mista

Em época natalícia, nunca é demais recomendar precaução no exagero alimentar a que, por norma, nos lançamos. Este site, muito interessante, deveria ser adoptado por todas as escolas nacionais. Os seus méritos já foram destacados por diversos quadrantes da saúde. Nem sempre o que vem da Madeira é mau. Tomem nota!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Fátima


O antigo bispo de Setúbal, D. Manuel Martins, apelidado por diversas vezes, de "bispo vermelho", disse-me, na Cova da Iria, há mais de dez anos, que ninguém é menos católico se não acreditar no fenómeno/milagre de Fátima. Ontem regressei ao local, para visitar a nova basílica, monumental, e o Museu de Cristo (que recomendo pela sua beleza e pela recriação da vida de Jesus). Ao ver que tudo se movimenta a dinheiro à volta daquele local que imprime uma mística divina, lembrei-me das palavras de D. Manuel Martins. E da passagem bíblica que descreve Cristo a expulsar os "vendilhões" do templo.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Ética jornalística

Pacheco Pereira indignou-se ontem, na Quadratura do Círculo, por os jornalistas não veicularem temas de interesse, como a última iniciativa do Instituto Sá Carneiro, apesar de a sala ter estado pejada de repórteres. Com algum conhecimento de causa e sem me referir ao caso concreto, tenho de reconhecer que muito do que sai nos jornais resulta de uma série de "simpatias" cultivadas pelos jornalistas. Muitos eventos interessantes ficam confinados aos presentes, porque a tv, a rádio e o jornal estão lá para "apanharem" uma reacção ou contra-reacção. É o que temos... A paranoia do sound byte espalhou-se. Voltarei ao tema, mais documentado.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Onde está Cavaco?

O mediático advogado João Nabais vai apresentar, hoje, na Procuradoria-Geral da República uma queixa contra o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira (ALM). Em causa os tristes episódios que envolveram a suspensão de um deputado do PND. O objectivo é distituir Miguel Mendonça, homem-de-mão de Alberto João Jardim. Como se não bastasse foi chumbado pelo PSD, mais uma vez, o nome do deputado Bernardo Martins, proposto pelo PS para ocupar uma das vice-presidências da ALM. Lá, nenhum partido da oposição tem acesso à mesa da presidência. Cavaco Silva que se tem mostrado tão atento a todas as minudências que se passam no país, inclusive, nas redacções dos jornais, deveria intervir num caso muito político, que envolve o próprio Estado. Afinal, onde é que ele está?

Jornalistas vs comentadores

No zapping constante que faço aos nossos canais de tv (à procura de um bom programa que nunca encontro), apanhei, ontem, uma conversa de quatro jornalistas/comentadores, na RTP N. Tema: a esfarrapada questão do PSD, de Manuela Ferreira Leite, da sua falta de jeito, se consegue tirar a maioria a Sócrates, o poder do PC e do BE. Conheci dois dos comentadores/jornalistas: o director do JN, Leite Pereira e Ricardo Jorge Pinto, do Expresso. As banalidades, o exercício de adivinhação misturado com a certeza de que estavam a descobrir a roda, a pobreza de argumentos e apresentação de conjunturas óbvias deixou-me banzado e a pensar: são estes camaradas que decidem quais as notícias que eu devo ler? Os leitores merecem melhor. Afirmar que o PS vai, muito provavelmente, perder a maioria absoluta e que deverá ser Manuela Ferreira Leite a candidata do PSD a primeiro-ministro...(sem mais comentários).

28 anos


Passam hoje 28 anos sobre o desaparecimento de Sá Carneiro e Amaro da Costa. Nada ainda está esclarecido, mesmo depois das confissões (tardias) de Freitas do Amaral.

Pérola do dia

«António Costa (administrador da empresa proprietária do Diário e Semanário Económico) justifica esta mudança dizendo que foi uma forma de “potenciar ao máximo as valências da Inês Serra Lopes, na notícia e na reportagem, o que seria de todo impossível estando na direcção. É uma jornalista de qualidade indiscutível e que fez, como directora do antigo Semanário Económico, um trabalho de enorme qualidade"». - in Meios&Publicidade, sobre a não recondução da conhecida comentadora política na direcção do Semanário Económico.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Media - um dos problemas

Os jornalistas não gostaram do que se escreveu aqui. Deveriam meditar sobre a profissão. A nosso imprensa está fraquinha, cheia de soundbites, da história da zaragata nas ruas, de mortes. Ler alguns jornais é um exercício de coragem mental. Não se investiga, não se faz reportagem. A comunicação social é importante demais para continuar assim: sem uma ordem ou associação, com assalariados a recibo verde, com jornalistas/comentadores, com ódiozinhos de estimação, com amigalhaços intocáveis. A credibilidade profissional mede-se por aí.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

In english, please

O nosso primeiro-ministro não nos deixa de surpreender. Ontem, feriado nacional, entrou-nos pela casa dentro a falar castelhano e inglês, não sei se técnico ou não, mas com uma péssima dicção. José Sócrates falava em Madrid num debate sobre o manifesto eleitoral que o Partido Socialista Europeu (PES) vai aprovar hoje, com vista às eleições para o Parlamento Europeu, em 2009. Zapatero discursou na língua materna. Mas porque raio o homem não falou em Português?

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