terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Jura


Sei que estás desse lado. Não sei se agora. Mas sei que um dia estarás. Estes dias azuis e cinzentos trazem-me à memória tantas coisas, revestidas do tom do oceano, do alegre cantar dos pássaros que beijam suavemente estas correntes quentes e frias. Reaprendi a Amar. Redescobri o valor dos mais pequenos gestos, o sentido do olhar descontraído mas penetrante, esguio mas atento, leve mas profundo. Do mais ínfimo traduz-se também os nossos dias. Do seu significado singelo mas poderoso. (Por norma valorizamos sempre mais o negativo. O “positivo” voa rápido e, quantas vezes, não sabemos saborear momentos que nos fazem verdadeiramente felizes). No Outuno dos nossos dias, implacável, dominador, assustador, vi a luminosidade da tua alma, a vontade do teu eu, a carícia tão bem espelhada nessas mãos lânguidas que me afagam com a mais rica ternura. És tu! E eu aqui, deste lado, à espera que me leias, como se fosse um menino desprotegido. Serei? Jura que o tempo não vai abafar o nosso sentimento, jura que me vais amar, que me vais procurar, que me vais encher as medidas todos os dias. Jura que vais ser o meu porto, o ninho de todos os encontros.

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