quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Porreiro pá, porreiro

É inegável: Portugal sai-se muito bem na fotografia da presidência da UE. Ficamos todos a ganhar e pena é que não o saibamos exteriorizar, fruto ainda da postura antiquada de "velho do Restelo", que os portugueses tanto gostam de evocar.
A presidência portuguesa da UE merece um aplauso, não tanto pelos resultados alcançados, numa Europa cada vez mais heterogénea, mas pelo que fez: as cimeiras e a assinatura do Tratado de Lisboa (ou reformador). Julgo que se fosse outro país a conseguir este último objectivo, os "pensadores" cá do burgo e os media bateriam mais palmas, sem deixar uma crítica velada à inércia portuguesa. É nestas situações que se vê bem a postura do português, em geral. Relativamente a 2000, Sócrates, ao contrário de Guterres, esteve bem e não "abandonou" a governação interna. Isso deve-se muito a Luís Amado, um não diplomata muito hábil e com uma imagem invejável no exterior.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Sabem quem é esta personagem? É o rei da Suazilândia, Mswati III, estudou em Inglaterra e tem por hábito, todos os anos, reunir 50 mil jovens mulheres virgens, com os seios nus, para ver se lhe interessa ter "mais uma mulher". O déspota não admite liberdade de expressão nem partidos da oposição.
Este país, contudo, nunca é visado internacionalmente pelos atropelos cometidos. Mswati III está em Lisboa, tal como Mugabe, José Eduardo dos Santos e outros...Os media assobiam para o lado. Investiguem!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Portugueses não gostam de Chávez


Uma sondagem da SIC/Expresso refere que a famosa frase dita pelo rei de Espanha, D. Juan Carlos ao presidente da Venezuela, na última cimiera Ibero-Americana agradou aos portugueses. Mais de 60 por cento concordou com a reprimenda do monarca espanhol: "Por qué no te callas"? Consta que D. Juanito enviou um telegrama a Cavaco, endereçado aos Portugueses: "Gracias"!

Pérolas matinais


Qual o líder partidário que quando faz uma declaração, a malta tem de aumentar o volume do rádio ou da televisão? Chega a ser irritante, porque, para além da deficiência auditiva (ninguém está livre, é certo) o respectivo é monocórdico e só tem dito balelas.

Santana Lopes descobriu a pólvora: o brilhante líder parlamentar do PSD, que voz amiga segredou-me que já se encontra cansado de aturar as "birras" dos deputados, veio dizer aos microfones que os salários deveriam ser congelados porque... os portugueses produzem pouco. Vindo donde vem, nem Carvalho da Silva agradece.

Um notável comentador da SIC-N, que já dirigiu um jornal electrónico, que foi atirado do DN, que dirigiu uma agência noticiosa, que é administrador de qualquer coisa e não sei mais o quê, disse tanta asneira ontem no canal de Carnaxide acreca da Cimeira Europa-África que tive de mudar de canal. Coerência, a quanto obrigas?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Onde está a novidade?


Até dá dó! O homem quer ver-se ao espelho todos os dias. A "malta" não lhe faz a vontade e ele, pimba, birra para cima, birra para baixo. Alberto João é assim desde os tempos do Quebra Costas (rua onde nasceu). Filho único, as empregadas até lhe apertavam os sapatos para o menino não ter de se dobrar. O que vamos fazer? Mas a "malta" de cá gosta de brincar e dá-lhe a chupeta. Mas o menimo, mauzito, esperneia na mesma. Essa dos jornais já é velha. Leiam O DIABO. Sai todas as terças-feiras! Essa da falta de democracia na RAM já está tão gasta...arranjem outro tema para o homem aparecer.

Leviandade

A manchete de hoje do Jornal de Negócios (JdN) é de uma profunda leviandade. Ao afirmar que a Operação Furacão "apanha histórico do PS", o JdN optou pelo "sangue" que a novidade poderia alcançar nos mercados. Quem lê o título retira logo duas ilações: Henrique Neto, presidente da Iberomoldes, é do PS (não sei se ainda é, mas sei que não é um dos "históricos") e que foi "apanhado" a fugir ou cometer fraude fiscal. Para além de leviana, o JdN demonstra, com estas atitudes, que está desesperado... por audiências! Uma coisa: a Iberomoldes foi alvo de uma investigação. Será que prevaricou? É ético "condenar" na praça pública alguém que ainda não tem culpa provada? Ou o JdN tem provas do facto ou então é mesmo muito lamentável.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Zimbabwe


A cimeira Europa-África está quase a começar. Sou dos que pensa que é mais positiva a sua realização, do que os paladinos da Democracia que a querem transformar na cimeira Robert Mugabe. E insistem. É verdade que o presidente do Zimbabwe é um tirano, um anti-democrata. Mas será o único, em África? E no Mundo? Os jornais e muitos comentadores têm-se entretido a zurzir na cimeira porque Mugabe vem cá. E daí? José Eduardo dos Santos também não vem? E os outros todos? A meio de tanta hipocrisia só lamento que a diplomacia portuguesa siga, nalguns casos, caminhos dúbios, alinhando em hipocrisias. A China é só um exemplo.

Mas voltando a África, ignore-se Mugabe (o que não vai acontecer porque o "cheiro a sangue" transtorna a Imprensa), e abra-se a porta do diálogo, por mais pequena que seja.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Dos media, dos jornalistas, do país

Os poucos que me fazem o favor de ler neste espaço devem achar-me um radical contra a comunicação social e os jornalistas. Os que me conhecem sabem que não. Porque foi lá que "nasci" para a profissão. Por isso mesmo inquieto-me, revolto-me e enojo-me com o estado a que chegou a comunicação social. Ontem, de passagem pela SIC-N ouvi um Martim Avillez Figueiredo alterado, no seu comentário sobre as últimas do BCP. Eu, que em geral, não gosto dos seus comentários, parei o ouvi. Dizia ele que tudo se passa, naquele banco, de forma escandalosa. E que ninguém intervém! Pensei: mas onde, como e quando se intervém em Portugal? Acontecem as coisas mais mirabolantes, as trafulhices mais sujas, os negócios mais obscuros, e quase todos saem ilsesos. Chegamos a um ponto em que quase tudo se tolera, especialmente se se tratar de "peixe graúdo" em cena. Poucos, em Portugal, se demitem por terem prevaricado, desde políticos a empresários.
Mas o que têm os media a ver com isto? E os jornalistas? Investigar, denunciar, esclarecer. Tirando poucas excepções e olhando para as manchetes, está tudo dito. Temos uma comunicação social domesticada como nunca, que tem medo da concorrência, que não vai à luta, que não arrisca. E temos jornalistas que não o são. Julgam-se vedetas, contam a mesma "história" vezes sem conta para a mesma publicação e não desassossegam as "vacas sagradas" do regime. São vítimas, é verdade, de uma "fornada" que saiu das universidades para engordar redacções famintas por mão-de-obra gratuita. Mas acomodaram-se e tentam sobreviver à sombra do chefe, que usa e abusa da fragilidade dos mais novos. Ainda não percebi porque não se avança com uma ordem, associação que auto-regule a profissão. De uma vez!

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