sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

TVI 24

Sinceramente não gostei. E confesso que estava com expectativas elevadas pelo início da emissão do novo canal da TVI. Nada de especial sobre o desempenho de Henrique Garcia. Faltou-lhe o nervosismo inicial que a idade já se encarregou de sanar e a vontade de inovar. Não gostei dos comentários de Pina Moura e Bagão Félix (que foi depois a correr para a RTP N). O primeiro passa mal em televisão e o segundo fala sobre tudo...e não diz nada. O debate que juntou Vital Moreira, Rui Ramos e Vasco Pulido Valente (que precisa de umas consultas de terapia da fala) foi uma cópia com outras caras. Nenhum deles emergiu. A partir das 23h e já com bocejos à mistura vi - sem encanto - a reportagem do homem que pariu uma criança, mas que é, na verdade, uma mulher. Também já conhecia a história...
Sinceramente esperava directos, comentários curtos, incisivos, histórias de vida, denúncias sociais. Não vi nada disso. E há tanto por onde pegar... Julgo, ao que me disseram, ter perdido uma boa noite informativa na SIC-N. A ver vamos.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

À Sábado

Mais uma edição mais um tema de capa hilariante. É assim a revista SÁBADO (grupo Cofina). Não se percebe onde começa a informação e acaba a propaganda. Jornalismo não é, de certeza.

E que tal este juiz?

O magistrado espanhol que aplicou esta exemplar pena, deveria estar em Portugal a julgar Domingos Névoa, Pimenta Machado, Isaltino de Morais, Fátima Felgueiras, Oliveira Costa (e o melhor é ficar por aqui que o rol é grande).

Contra a corrente

A imagem do pintor Gustave Courbet (século XIX), plasmada na capa do livro «Pornocracia», de Catherine Breillat (apreendido durante umas horas pela PSP de Braga) é horrorosa. Reconheço que chega a chocar de tão feia que é. O corpo nu da mulher deitada, de perna aberta, coxa gorda e com um manto florestal mal desenhado é de fugir. As mães e os pais da cidade dos arcebispos estavam cobertos de razão.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Malassadas e sonhos


Na Madeira, Carnaval é tempo de malassadas e sonhos, por esta ordem. Não sei porquê, mas estas iguarias são originalmente típicas desta época do ano e não do Natal, como aqui no continente. Malassadas e sonhos pertencem já às boas lembranças da minha infância. Ora regados com mel de cana, ora com calda (limão, água e açúcar), o Carnaval traz-nos estas verdadeiras maravilhas na Madeira.

Vale a pena

Vale bem a pena espreitar o site do EL MUNDO, sobre os Óscares 2009.

Fumo ou fogo?

O que aborrece nesta história toda à volta do primeiro-ministro é que o governo até tem feito alguma coisa durante o seu mandato. Goste-se ou não José Sócrates tem concretizado. Não é por existir uma crise económica ou professores aos berro que o PS vai perder a maioria. Muito menos por existir uma oposição digna de nome. A manta de suspeitas que paira sobre a cabeça do PM indica-nos dois caminhos: ou acreditamos piamente na tese da cabala e da urdidura, fechando os olhos e os ouvidos às notícias ou observamos a máxima popular de que "não há fumo sem fogo".

Sócrates, segundo Marcelo

Marcelo Rebelo de Sousa tocou na ferida. No seu programa dominical fez o que Manuela Ferreira Leite deveria, efectivamente, assumir: o combate ao primeiro-ministro, político, mas duro. Disse Marcelo que os portugueses vão ter de, nas urnas, dizer se concordam ou não com o perfil de José Sócrates. Do homem, "chico-esperto", que compra casas mais baratas que os outros, num prédio luxuoso de Lisboa e do homem que faz uma licenciatura (?) de forma mais fácil que os outros. O professor atingiu, no nervo central, a estrutura do PM. Lançou um arpão certeiro. Que coloca em dúvida a seriedade do secretário-geral do PS. Manuela não tem jeito para este género de acusações. Uma fatalidade que vai permitir a Sócrates ter mais vidas do que o próprio imaginaria.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Puro veneno (ou talvez não)

Manuela Ferreira Leite surge, hoje, em boa forma na quase generalidade da imprensa. Já era sem tempo. Os económicos dão-lhe colunas generosas. O Jornal de Negócios escolhe, até, fotos favoráveis à líder social-democrata. Leva, inclusive, "seta para cima" na página 2 do jornal da Cofina. O Diário Económico apresenta um género de publireportagem, da autoria de Inês Serra Lopes. Um mimo. A VISÃO é-lhe igualmente favorável. Amigos deste blogue juram a pés juntos que Manuela deu finalmente o braço a torcer e já começou a almoçar com alguns jornalistas da praça e a seguir os conselhos de conhecidos "marketeiros" políticos. E como são os media que determinam a sorte dos líderes partidários, Ferreira Leite está, por uns dias (ao menos) em estado de graça.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Casamento?

Mais uma achega, esclarecedora. Uma verdadeira pérola, publicada na semana passada. Deliciosa.

Anormalidade?

«A homossexualidade não é normal», diz cardeal D. José Saraiva Martins. Independentemente do seu contexto, assim a Igreja não ajuda ninguém a ter uma posição séria sobre o assunto. Qual é o conceito de "normalidade"? Um homem/mulher coxo(a) será normal? E com 2 metros de altura? Parece rídiculo mas teremos de começar por conceitos deste género.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Histeria

O Prós e Contras de ontem foi mais um momento de circo que de discussão séria sobre o casamento dos homossexuais. Dá a sensação, uma vez mais, que as personalidades ecolhidas para lá estarem foram uma segunda ou terceira escolha de Fátima Campos Ferreira. Excluindo Miguel Vale de Almeida, pelos motivos conhecidos, que faziam lá o padre Vaz Pinto (fez o que pôde...), os juristas Vaz Patto e Isabel Moreira? Isto para não falar em Fernanda Câncio, que se apresentou na qualidade de jornalista, parcial, assumidamente histérica, porta-voz das causas das minorias. O programa não ajudou a qualquer tipo de esclarecimento. A berraria não dissipou dúvidas, apoquentações e medos estéreis que por norma cercam estes temas.

Pela boca morre o peixe

«Como é que um ser humano normal se sujeita a ir ao programa de Fátima Campos Ferreira?», Miguel Vale de Almeida, in Jugular. Ontem o antropólogo homossexual assumido estava lá, sentadinho, no Prós e Contras a defender a sua dama. Atitude normal?

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Será mesmo?


António Lobo Antunes diz que se vai retirar daqui a dois anos. A notícia começa a correr mundo.

Reformados...

A notícia do dia - espante-se - diz que o governo quer atrair médicos reformados a voltarem aos hospitais e centros de saúde. Porque há falta deles, em muitas especialidades. Muitos já vieram dizer que não voltam. Estão melhor no privado. Dos ditos "reformados" grande parte ainda não tem 65 anos. Fartaram-se de servir no público, descobriram o ouro e não o querem largar. Eu faria o mesmo. A sério. (Já agora continuem a considerar que há médicos em número suficiente em Portugal e que as faculdades existentes dão para as encomendas.) Paguem-me mas é o seguro de saúde para, numa qualquer eventualidade, eu ser atendido pelo médico "reformado" a trabalhar num qualquer hospital particular.

Salazar, Salazar, Salazar

O antigo presidente do Conselho, Oliveira Salazar, nunca esteve tanto na berra. O seu nome, poupado e temido no seu tempo, é, agora, usado e abusado. Depois de tantos livros, uma mini-série televisiva rasca, de mil e um artigos vários, a revista SÁBADO brinda-nos, na sua última edição, com retalhos da vida íntima do ditador. Sem novidade, sem rasgo, sem investigação. Foi trabalhinho fácil, à secretária, com os livros do Fernando Dacosta e da Felícia Cabrita e...escreva-se.

Porca miséria

Uma amiga jornalista, ainda mais insular do que eu, dizia-me há pouco que, neste momento de purga nas redacções, faz questão de manter o profissionalismo no seu trabalho, nas suas peças, nas suas reportagens. Ao chefe pouco importa, desde que seja feito. Como pouco importa se é ou não publicado um facto noticioso que não caiba no reino do soundbyte.
As palavras da minha amiga não constituiram qualquer novidade. Em tempos de sangria nalguns jornais, continua a dar-se prioridade ao "sangue", ao drama, à zaragata. Os temas, em mais de 50 páginas de papel, carecem de interesse e os que têm algum são tratados pela rama, pelo ângulo fácil. Quase não há necessidade de levar o jornal para casa. Lê-se, isto é, folheia-se numa penada. Como me disse outra amiga, jornalista ,há mais de dez anos (provocando à época a minha total admiração/condenação), basta ver o telejornal das 20h. Começo a dar-lhe razão.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O medo



Os grupos do costume já se estão a movimentar para impedir a discussão pública de temas importantes (dizem fracturantes) para uma sociedade do século XXI que se quer evoluída. Talvez eu seja utópico mas custa-me a acreditar que não estejamos "preparados", como muitos querem fazer crer, para falarmos de casamentos homossexuais ou da eutanásia. Como ainda estamos nos antípodas de uma civilização avançada, tem de ser o Estado ou um partido a lançar a questão. Neste caso foi o PS ou algumas figuras de proa. E bem. O medo é inimigo de qualquer tipo de avanço. Ao ser lançada a confusão sobre se é ou não oportuno falarmos do direito a uma morte condigna ou de reconhecermos os mesmos direitos a casais do mesmo sexo, estão a semear um medo infundado e a propagar o estado de ignorância em que boa parte dos portugueses continua mergulhado desde que Salazar subiu ao poder.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Salazar, o conquistador

Em relação a Salazar, Zezé Camarinha e o capitão Roby são uns amadores. De acordo com a série exibida na SIC (A vida privada de Salazar), o "botas" de Santa Comba Dão, passava o mulherio todo a pente fino. Em S. Bento, na Serra de Sintra ou na Coimbra do início do século XX, o conquistador beirão não desarmava perante um "rabo de saias". Provavelmente só o lince ibérico, que segundo o DN de hoje, copula 80 vezes em apenas 48 horas leva dianteira ao ditador.

Jornalistas e políticos

Tive pena de não ter conseguido ver ontem a entrevista de Mário Crespo a Maria José Morgado. Mas lá em casa há uma regra inquebrável: à hora do jantar, televisão desligada! As primeiras perguntas foram interessantes. Sobre se a magistrada usa telemóvel e se ouve "barulhos" durante as conversações. O jornalista da SIC continua na berlinda. Ontem, num artigo de opinião no JN decidiu atirar com uma série de interrogações, que motivaram a ira de muitos, reacções primárias e corporativas, como a de Fernanda Câncio, namorada do primeiro-ministro e jornalista do DN. Neste autêntico turbilhão de meias críticas, meias denúncias, muitos órgãos de comunicação social vão perdendo tempo com o acessório. Quanto a Mário Crespo há que perguntar: se aconteceu o que vem denunciando às pinguinhas, porque não age em conformidade? Porque manteve o convite ao ministro da Presidência, quando foi alvo de alegadas pressões, antes de o entrevistar? Quanto a Fernanda Câncio não seria melhor manter recato e descrição, dada à proximidade com o PM? É que quando está com a "caneta" na mão não deixa de ser namorada do PM...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Rústico

Comentei ontem com um amigo, jornalista, a minha preocupação por, às 18h, ainda não ter lido uma linha do que vinha nos jornais. Ele, serenamente, sossegou-me, referindo que não perderia nada se o não fizesse e que não se passava nada de especial. Ainda insisti pelo tema do dia, mas voltou a carregar: nada de novo. Que talvez surgisse ao cair da noite. Um jornalista, numa redacção, a dizer-me isto? Pois bem, tal como ontem, hoje também não há nada nos periódicos. Digno de nota, digno de leitura atenta. É tudo um manto de horrores, de notícias requentadas, de falsas novidades, de opiniões fraquinhas. Mais do mesmo. Nada de novo sobre a Terra, portanto. Há pouco abri o "Abrupto" e, cruzes credo, voltei a fechá-lo. A obsessão pelo caso Freeporte e pelo PM tornou-se patológica. Passiei por mais uns blogues e...nada. Até o Jornal de Negócios, que à sexta é melhor, vem, apenas, qb. A Anabela Mota Ribeiro já me aborrece. As entrevistas de "vida" ou o que lhes quiserem chamar cheiram a mofo de divã de psicanalista principiante: a mania recorrente de perguntar pela influência do pai, da mãe e do avô na vida das vítimas já deu melhores frutos. Não há mesmo nada para contar?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Chover no molhado

A dupla Santana/Portas quer consquistar Lisboa. Será mesmo possível, depois de tanta palhaçada? Cada vez gosto mais de votar em Cascais. Já agoram já se perfilham candidatos?

A Troca

"A Troca" é um dos filmes mais bem conseguidos que vi nos últimos tempos. Denso e, em muitas ocasiões, tenso, prende o espectador à cadeira durante as mais duas horas. Clint Eastwood mostra que já se tornou num catedrático na realização e Angelina Jolie, no papel de Christine Collins, arranca a sua primeira participação a sério. Por vezes custa olhar a crueldade das cenas, mas vale a pena.
No El Corte Inglés, às quartas, os bilhetes custam 4€ e as salas estão, por norma, vazias.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Muito mauzinho

Os amigos que me fazem o favor de ler podem explicar-me para que serviu o debate realizado ontem nos Prós e Contras? Não consigo perceber o critério das escolhas dos convidados nem o que lá foram defender. Ou sei mas não me apetece dizer... Que trouxeram de novo ao caso Freeport? Em que qualidade estava lá Saldanha Sanches, José Miguel Júdice, Raposo Subtil? Os outros dois, Rui Gonçalves e o ex-autarca de Alcochete, Inocêncio, não contaram para nada. Apenas fizeram figuras tristes e preencheram uma quota que Fátima Campos Ferreira não podia abdicar (afinal a RTP é do Estado). Eu não vi o programa até ao fim. O cansaço venceu-me. E a piroseira também.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Momento democrático da semana

Hugo Chávez quer manter-se na presidência da Venezuela até 2049, disse o próprio. Para isso vai chamar o povo para referendar uma alteração à constituição do país, que possibilite mandatos de 10 anos e sem limite. O democrata-mor da América Latina quer eternizar-se no poder, como todos os democratas que se orientam pela sua cartilha. Que pensará o pai Soares desta medida e todos os defensores deste modelo plural de governar um povo?
(Eu sei que Jardim já está na presidência do GR da Madeira há 31 anos, mas as eleições são de quatro em quatro anos e sempre consideradas livres e justas).

Preconceito primário

Sábado último foi "beber um copo" a um dos bares da moda, para os lados das avenidas novas. Na mesa em frente estavam duas moças. À volta dos 20. De olhar meigo, convivendo de jeitos chegados. Chegados de mais, quando voltei a lançar o olhar. As meninas, novíssimas, babavam-se de ternura. A paixão sentia-se, as pernas tocavam-se levemente debaixo da mesa e as mãos tentavam carícias tímidas e escondidas. Comentei - jocosamente - com as minhas companhias que havia lésbicas no recinto. A curiosidade levou os meus amigos a lançarem observações de soslaio. E dei por mim a conversar, de forma quase preconceitusosa, sobre aquelas duas moças. (O primeiro impacto foi de espanto, confesso). A minha atitude mesquinha é o reflexo da sociedade "fechadinha" onde ainda estou inserido. Eu que me julgava um liberal comentava, em segredinhos, as atitudes fogosas entre duas jovens lésbicas. Logo aquelas que tiveram a coragem de publicamente assumir a sua paixão ou atracção, pouco importa.

Sol de Inverno


Acreditam que o semanário SOL vai subir nas vendas por causa das denúncias do caso Freeport? Por muita pena que tenha de quem lá trabalha, não acredito.

Rústico

A SIC decidiu, na rubrica "Nós por cá" de ontem, denunciar a existência de um poste de electricidade em plena via pública, no Estoril. No formato popularucho e em horário nobre, deu corpo à notícia Joana Latino, jornalista-espectáculo da estação. Assisti a um fartote de asneiras mal montadas e em catadupa. Era a Joana a conduzir, era a Joana junto ao poste, era a Joana a conversar com o carteiro que passou de mota, era a Joana a 3D, era a Joana de cima, era a Joana de baixo. Um bom exemplo do que não deve ser feita uma notícia.

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