segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Preconceito primário

Sábado último foi "beber um copo" a um dos bares da moda, para os lados das avenidas novas. Na mesa em frente estavam duas moças. À volta dos 20. De olhar meigo, convivendo de jeitos chegados. Chegados de mais, quando voltei a lançar o olhar. As meninas, novíssimas, babavam-se de ternura. A paixão sentia-se, as pernas tocavam-se levemente debaixo da mesa e as mãos tentavam carícias tímidas e escondidas. Comentei - jocosamente - com as minhas companhias que havia lésbicas no recinto. A curiosidade levou os meus amigos a lançarem observações de soslaio. E dei por mim a conversar, de forma quase preconceitusosa, sobre aquelas duas moças. (O primeiro impacto foi de espanto, confesso). A minha atitude mesquinha é o reflexo da sociedade "fechadinha" onde ainda estou inserido. Eu que me julgava um liberal comentava, em segredinhos, as atitudes fogosas entre duas jovens lésbicas. Logo aquelas que tiveram a coragem de publicamente assumir a sua paixão ou atracção, pouco importa.

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