segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Porca miséria

Uma amiga jornalista, ainda mais insular do que eu, dizia-me há pouco que, neste momento de purga nas redacções, faz questão de manter o profissionalismo no seu trabalho, nas suas peças, nas suas reportagens. Ao chefe pouco importa, desde que seja feito. Como pouco importa se é ou não publicado um facto noticioso que não caiba no reino do soundbyte.
As palavras da minha amiga não constituiram qualquer novidade. Em tempos de sangria nalguns jornais, continua a dar-se prioridade ao "sangue", ao drama, à zaragata. Os temas, em mais de 50 páginas de papel, carecem de interesse e os que têm algum são tratados pela rama, pelo ângulo fácil. Quase não há necessidade de levar o jornal para casa. Lê-se, isto é, folheia-se numa penada. Como me disse outra amiga, jornalista ,há mais de dez anos (provocando à época a minha total admiração/condenação), basta ver o telejornal das 20h. Começo a dar-lhe razão.

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