José António Saraiva fala do seu projecto como se fosse um autêntico maná, uma lufada de ar fresco na Imprensa portuguesa. Não foi, não é. O homem parece viver na Lua. O SOL para se afirmar teria de ter tido uma adesão maciça (custa-me a acreditar em vendas de 60 mil exemplares), teria de ser citado, teria de surpreender com notícias novas. Ter "rasgos". Não tem tido. Prova disso é que, para me manter informado, não o compro. Nem ao Expresso. E garanto que não perco nada. Esses jornais não me fazem falta. Há dez anos atrás, o sábado era sinónimo de Expresso. Sei que tudo mudou, que o palco político é outro, etc., etc. Mas dos jornalistas exige-se investigação, histórias novas... não entremos por aí. O cenário é muito cinzento. Os media estão acantonados a diversos interesses, estão baços. São mais do mesmo. As grandes referências já eram. Limitam-se à agenda, ao regresso às aulas, à "espuma" do BCP.
2 comentários:
Se compararmos as entrevistas que o arquitecto Saraiva deu há um ano e a que concede hoje ao J Negócios, são óbvias as contradições. Acreditamos nos boicotes e nas ameaças que tenham surgido contra este projecto, mas Saraiva mexeu nesse poder fáctico que existe em Portugal chamado "Expresso", como tal, sofreu as consequências. Se se confirmar o rumor que corre, que a Cofina vai entrar no capital do "Sol", então o jornal será ainda mais igual ao que já existe e com mais uma costela à CM e uma pitadinha de 24 horas.
Se, como diz, não compra nem lê o Sol (nem o Expresso), como é que pode julgar a qualidade destes jornais de forma tão apressada? Quanto ao Sol, há que referir uma coisa: pode não ter sido uma lufada de ar fresco, mas nos últimos meses tem "dado" muitas mais notícias frescas que a concorrência.
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