Este título faz-me lembrar uma crónica do Lobo Antunes, há uns anos largos, em que escreveu o nome de todos os irmãos e falou da já conhecida "casa de Benfica".
Neste caso nenhum é parente mas destacaram-se na semana passada. Uns mais que outros.
Não vejo pontos comuns entre uns e outros. Contudo apetece-me falar deles (ou por causa deles).
Luís Amado é um homem inteligente, discreto, desinteressado. É dele, mais que Sócrates, a vitória do Tratado de Lisboa. Amado sabe que chão pisa, é paciente e com aquele ar "calimeral" vai levando a água a seu moinho por essa Europa fora. Está de parabéns.
Santana Lopes regressou e tem um palco, garantia de holofotes, de jornalistas a gravitar, de secretárias e mordomias. Tem algum projecto inovador? Que se saiba ou tenha dito, não.
Luís Filipe Menezes deu uma entrevista a Judite de Sousa, na RTP. Fraca, "cansada", sem novidades, sensaborona e que contou com uma ajudinha da entrevistadora... LFM descobriu, após ataques violentos na campanha, que o PSD deve revisitar o passado, ajustar contas. Ideias: para mim, quase nada.
Sousa Tavares e Rodrigues dos Santos foram redescobertos pelos media. Estão em grande. Tudo o que seja para dar um contributo à cultura é noticiável. Mas que diabo, porquê tanta manchete?
José Carlos Vasconcelos escreveu uma crónica interessante na VISÃO (uma das publicações que, pela enésima vez, traça perfis de MST e JRS).
O que une estes homens são os media. Retirando Amado, que pouco apareceu e ao qual nenhuma "biografia" foi feita (apesar de ter apresentado o trabalho mais eficaz) todos os outros andaram na boca sedenta da inteligência que reina na maior parte das redacções. É claro que eu não estou a ver bem as coisas... Eles (comunicação social) também querem revisitar o passado, com bastante sangue, de preferência! Estão a ver como vão ser elaborados os textos dos "combates Sócrates/Santana"?
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