A comunicação social teve ontem um orgasmo visual, auditivo, bem... Caiu que nem uma bomba (como se ninguém esperasse) a notícia da remodulação no governo. Correia de Campos e Pires de Lima, pasme-se, pediram(?) a demissão. A meio da abertura do ano judicial, do cada vez mais preocupante caso dos voos da CIA, rádios, televisões, jornais pararam e ligaram a sirene: à fogo no governo! Vai daí, começou a hesteria habitual: directos para reacções (umas que não lembram o diabo), biografias dos novos ministros, mais reacções, directos ao telefone nas tv's, mais reacões, análise dos directores dos canais. Um fartote.
Hoje a fanfarra continua: todos os fóruns, todos, discutem e dão voz ao Povo: há sangue!
Até que ponto a classe jornalística não percebe que continua a ser uma óptima correia de distribuição da estratégia de comunicação de Sócrates? É óbvio que a remodelação é notícia e com destaque, mas deixar cair o resto? Será razoável cortar a meio declarações importantes e actuais num sector tão fragilizado como a Justiça para ouvir a nova ministra da Saúde dizer que a política para o sector vai ter seguimento. Fechem as agências de comunicação. Em Portugal os jornalistas, infelizmente, são os melhores assessores do governo.
Hoje a fanfarra continua: todos os fóruns, todos, discutem e dão voz ao Povo: há sangue!
Até que ponto a classe jornalística não percebe que continua a ser uma óptima correia de distribuição da estratégia de comunicação de Sócrates? É óbvio que a remodelação é notícia e com destaque, mas deixar cair o resto? Será razoável cortar a meio declarações importantes e actuais num sector tão fragilizado como a Justiça para ouvir a nova ministra da Saúde dizer que a política para o sector vai ter seguimento. Fechem as agências de comunicação. Em Portugal os jornalistas, infelizmente, são os melhores assessores do governo.
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