terça-feira, 15 de janeiro de 2008

O terceiro e o primeiro mundo

Tem estado ao rubro a discussão sobre a proibição de fumar nos locais públicos. Os fumadores inveterados, donde se destacam os que têm espaço de opinião nos jornais, têm dito tanta asneira que só mesmo o vício crónico os perdoa. Que eu saiba ninguém proibiu ninguém de fumar, como o Estado não "proibiu" ninguém de se suicidar da maneira que entender. Como em tudo tem de existir regras. Os não fumadores não têm de levar com as baforadas dos outros só porque sim. (Eu já fumei muito, mas acreditem que nunca num balcão de pastelaria ou num restaurante com mesas pouco espaçadas).
Em 2001 fiz algumas viagens: aterrei no Recife, Brasil e puxei do cigarro. Em Moçambique, idem. Em Timor, idem. Em Singapura, tentei, mas fui impedido. Fumar só no espaço próprio, que mais parecia uma gaiola. Não gostei, como é óbvio! Mas, após 14h de voo, apreciei o belo aerogare, os restaurantes, os espectáculos, o pianista e ainda tive tempo para um duche, uma massagem e mudar de roupa, antes de seguir para Darwin. Foi bom e fumei muito menos. Acreditem! Ninguém questionou as regras em Singapura, onde tudo estava limpo. Ao contrário de Recife, Timor e Moçambique. São as tais diferenças de mundos.

Sem comentários:

Contador

Hit Counters