Sou imensamente gozado por (ainda) aplicar os "lh" em palavras difíceis de pronunciar para um madeirense de gema como eu. É a "vilha", o "filhete", a "filha" (em vez de fila), Estorilhe, etc. Finalmente descobri o porquê de falarmos assim. No Dia Internacional da Língua Materna (?), Lídio Araújo, professor do secundário e autor do livro "A Festa" explicou ao DN-Madeira o porquê de tantos "lh" na terra "do povo superior". Tudo se deve à "palatalização" - fenómeno de transformação de sons e ao facto da ilha estar perto da África muçulmana. Como se não bastasse houve também a influência dos emigrantes da Venezuela (brezuelos na gíria insular) e do castelhano herdamos a "semilha". Para compor o ramalhete há a registar a influência do Brasil (nordeste): "ela me disse para esperar", é só um exemplo. Afinal, a cabala de que falou Alberto João Jardim no passado e que implicava Bush (pai), a Trilateral e a Maçonaria, não tem razão de ser. A questão centra-se noutros epicentros....
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