quarta-feira, 16 de abril de 2008

Imprensa sem rasgo

Um interessante estudo publicado hoje no Jornal de Negócios refere que os jornais portugueses (exceptuando o Correio da Manhã) têm vendido cada vez menos e têm menos circulação. Numa primeira análise diz-se que a Internet está a roubar leitores ao "papel", mas há quem aponte outros males. Para mim, a generalidade da nossa Imprensa padece de um défice de ideias, de projectos sólidos e concretos. De linhas editorias seguras. O jornalismo escrito actualmente não tem rasgo, limita-se a cumprir a "agenda" ditada pelos interesses políticos e económicos. A investigação praticamente não existe e quase adivinhamos, dia após dia, quais vão ser as notícias da manhã seguinte. Longe vão os tempos pujantes das manchetes manchetes, da febre do Expresso, de O Independente, das reportagens da VISÃO. É quase inacreditável mas é normal, hoje, ler-se uma notícia/novidade num jornal e no outro dia ver essa mesma notícia, apresentada como nova também, noutro. O jornalismo escrito está refém dos telefonemas dos decisores, do investimento desses decisores, das suas vontades. O cenário é crítico. Quando abracei esta profissão atiraram-me "às feras", para a rua, para descobrir, questionar, incomodar, cruzar informação. Que é feito desses conceitos?

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