quarta-feira, 2 de abril de 2008

O Professor Barreto

Quando fui para a primária, no final da década de 70, na escola da Carreira, com os resquícios do PREC ainda a fervilhar, aguardava-me o professor Barreto, homem de 1,90 de altura, bigode, nos finais das suas 50 primaveras. O professor (qual stôr) era conservador - não me parecia fascista - e bom vivant. Eu era um aluno aplicado, certinho, assíduo. O que não foi suficiente, na 3.ª classe, de ser presenteado com quatro "bolos", dois em cada mão, pela "mariazinha" (uma régua de madeira escura). Motivo do castigo: esqueci-me de fazer as tabuadas! Fiquei de tal forma traumatizado que ainda hoje acordo de madrugada aos berros pela dor psíquica causada pelas reguadas do prof. Barreto...
Nem 8 nem 80, diz o povo e bem. É óbvio que castigar fisicamente um aluno não é apropriado, nem mobilizador de qualquer motivação escolar. Agora confudir libertade com libertinagem, que é o que se passa actualmente na relação aluno/professor, pais/filhos, não! A histeria à volta do caso da moça do telemóvel já enoja. Não será necessário relembrar que a educação dos meninos começa no berço?

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