terça-feira, 16 de setembro de 2008

Exótico, diz ele

Quem só conhecer apenas o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, das televisões, fica com uma imagem de um homem cinzento, de um político que cultiva um low profile exagerado. Para as funções, para um primeiro-ministro, Amado é a pessoa desejada. Como artista que é (adora esculpir), tem uma forma desprendida de estar na vida, do dinheiro, do material. Luís Amado é um bom pensador, gerador de ideias, um homem de consensos. Já não é tão bom a executar e isso é-lhe traiçoeiro quando lhe apontam um microfone. Que pode ele, enquanto ministro, dizer do inenarrável Hugo Chávez e da sua desabrida forma de estar no poder? Que ele é "exótico"? Não me parece uma expressão feliz, mas foi a que Amado utilizou quando confrontado com as declarações do presidente da Venezuela sobre os EUA e a tensão vivida na Bolívia? Com uma comunidade poderosa de portugueses, a Venezuela conta no xadrez europeu e conta muito para Portugal. Dizer que Chávez usa "exotismo" nas suas agressões verbais é quase um elogio, mas que poderá dizer mais Luís Amado, em consciência e públicamente?

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