sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A banqueta de Sócrates

Deliciei-me ontem a ouvir, na rádio, José Sócrates a fazer a apologia do "Magalhães". Sério. O nosso primeiro-ministro divulgou, num rasgo de marketing irrepreensível, as maravilhas das tecnologias nacionais aos chefes de Estado e de Governo, na cimeira Ibero-Americana, em El Salvador. Como responsável político ficou-lhe bem o rasgo. Três notas apenas que mancharam a pintura: 1.ª) Sócrates disse que o "Magalhães" estava em cima das «banquetas» dos governantes. "Banqueta" é um banco pequeno sem encosto. Não consta que tão altos dignatários estivessem nessa situação. 2.ª) Utilizou Hugo Chávez para demonstrar a resistência do mini-computador. Não o deveria ter feito. O presidente da Venezuela atirou, na sua "missa dominical" o aparelho ao chão. Um chefe de Estado de uma democracia não deve ter programas na televisão. 3.ª) Sócrates engasgou-se ao dizer que o "Magalhães" tinha sido oferecido às comitivas na cimeira de El Salvador, para emendar que, afina,l só os chefes de Estado e de Governo é que receberam o "rebuçado". Está mal. Se há quem trabalhe para as cimeiras são os assessores. Por isso a prenda deveria ter sido para eles e não para os superiores hierárquicos. Muitos deles nem sabem o que é um e-mail. É assim que fala o nosso primeiro, em plena crise financeira. Fiquei impressionado.

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