quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A roda da sorte

Ontem a SIC demonstrou, numa reportagem simples mas oportuna, o quanto podemos poupar em tempos de crise, abdicando de rituais desnecessários e despesistas. Na verdade a maioria dos portugueses gasta mais do que pode. Vejo, diariamente, colegas meus a tomarem o pequeno-almoço no café da esquina, a almoçarem fora e a se deslocarem para casas que compraram a dezenas de quilómetros. Quase todos não ultrapassam os 800€ de ordenado mensal. Como conseguem suportar encargos tão elevados com salários tão baixos? Por que é que têm de ter casa própria à força, se só a utilizam para dormir? A década de 1990 foi fatal para muita gente. Generalizou-se a ideia (consumada) de que mais vale pagar uma "renda" ao banco do que a um senhorio... que mais vale pagar "suavemente" as férias que aplicar o dinheiro de uma só vez... que mais vale dilatar a prestação do carro por 10 anos... Esta autêntica roda da sorte que ceifou milhares de famílias está a apresentar agora a factura, nua e crua. Tudo isto me faz lembrar um amigo que gastou 200€ num jantar e depois outros tantos no casino para recuperar alguma coisinha...

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