Mão amiga fez-me o favor de oferecer (muito obrigado, camarada) um livro recentemente editado, com o sugestivo título: "Madeira - Jardim há 30 anos", da autoria de Cristina Costa e Silva. Confesso que ao receber a publicação não indentifiquei a sua autora, jornalista do Jornal da Madeira (JM) há 14 anos. Conheci Cristina Silva no início dos anos 90, estava eu no DN Madeira e ela era - se não me engano - colaboradora da secção de desporto. Pouco depois passou para o JM e eu vim à minha vida. Perdi-lhe o rasto. Confesso que foi com curiosidade que comecei a folhear as primeiras páginas da sua obra. Apesar da jornalista trabalhar para o jornal do Governo Regional da Madeira, julguei que desse alguns pormenores - que não tinham forçosamente que ser negativos - sobre quem é, efectivamente, Alberto João Jardim. Ela exalta, quase obsessivamente, o "heroi" que transformou a região. Até à página 20 (não consegui ler mais), o homem é levado ao olimpo, não tem defeitos e nunca falhou. O próprio não diria melhor de si próprio. Acredito que Jardim teria sido mais crítico e interrogativo face a muitas decisões que tomou. O que me incomodou no livro não foi o seu tom marcadamente bajulatório, mas sim ser assinado pela "jornalista profissional", que deveria ver o quotidiano como ele é, para o poder contar, com imparcialidade, aos seus leitores. Reconheço que fui ingénuo. O livro vale o que vale. Mostra um lado da história. O lado encantado da "Madeira Nova" e a ligação umbilical de AJJ à sua história recente. Pena que Cristina Costa e Silva não tivesse mostrado a outra face.
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