sexta-feira, 13 de março de 2009

Perder a camioneta

Camionetas da SAM, estacionadas na av. do Mar, junto ao "Almirante Reis"

No meu Funchal do final dos anos 70 e 80 uma das maiores chatices que podia acontecer a qualquer um era perder a camioneta (ou o horário). Vir a correr e ver o autocarro (lá chama-se camioneta ou horário) partir era sinónimo de seca na paragem. Por norma a viagem seguinte só acontecia passados 40/50 minutos. Aconteceu-me várias vezes dar uma carreira (corrida) para apanhar, na av. do Mar, o "Levada via Pena, Levada via Til ou Livramento, que passava pelo 'Furado'" e não conseguir deitar o pé ao veículo. Estes episódios vieram-me à memória por se falar tanto, neste momento, sobre o relacionamento de Portugal com Angola, em consequência da visita do Presidente José Eduardo dos Santos a Lisboa. A ex-colónia é um mercado importante para nós, tem crescido 18% ao ano, tem petróleo e uma comunidade lusa considerável. Em Angola temos de ser um pouco angolanos. Tal como me acontecia no Funchal, o país não pode perder esta camioneta. O resto (valores, ética, pluralismo) pouco conta, para ser verdadeiramente objectivo.

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