quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Nostalgia?


Este é um blogue de coisas mais ou menos íntimas, apesar de me fugir o dedo para os factos da actualidade. Recebi um e-mail de uma amiga da Madeira (ex-colega no DN) que me questionava se não estava, ao escrever sobre factos passados, nostálgico? Saudoso? Apeteceu-me revisitar arquivos da minha menória. Foram oito anos de jornalismo muito activo, dois dos quais numa terra "quente" em notícia, como é a Madeira. Deu-me imenso gozo e, volta não volta, exercito a cabeça e debito para aqui umas histórias que, provavelmente, só têm piada para mim. Não escrevo por vaidade. Gosto! A "ilha" é um território especial, sui generis, em que, quer se queira ou não, o principal tema de conversa é o Alberto João. Em especial no mundo dos jornais. Ele domina, ele dá as notícias, ela faz a festa. E há também o lado contrário. Menos bom. Apanhei-o, algumas vezes emotivo. A terra está-lhe no sangue e eu, caloiro, quis fazer um trabalho, em 1993, para a Revista sobre o "Outro lado das inaugurações". Questionei-o numa tasca, julgo que no Curral das Freiras, sobre o que sentia ao ver ali, aquela gente de fato domingueiro, a elogiarem a obra, a perguntarem pela mulher, pelos filhos... As lágrimas surgiram contidas. Sugeri a continuação da conversa para outra inauguração - havia duas por dia, por norma a anteceder eleições.

É por isso que quando vejo tanto palpite sobre a Madeira e o seu líder, penso para mim: estes tipos ainda não perceberam nada. O "cheiro a pólvora", como AJJ diz, excita-o!

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