sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Ditadura da maioria: outra vez?

A frase é bem conhecida de todos nós. E parece voltar a fazer sentido. Nunca sinceramente pensei que um partido socialista fosse capaz de tomar medidas próprias das teorias neoliberais da direita. Não sou comunista, nem bloquista, nem maoista. Aplaudo a iniciativa privada mas concordo com a intervenção do Estado em áreas nucleares, como a Saúde e Educação. Quem ouviu ontem Correia de Campos na SIC-N julga que está tudo bem na sua área. O ministro, com uma calma de se lhe tirar o chapéu, lá explicou que novos hospitais vão ser abertos, que não é necessário pânico, etc. Quando há pessoas a morrer dentro de ambulâncias, estacionadas à porta de um hospital, pouco mais há a dizer. É digno de terceiro mundo. Mas neste país discute-se a conversa de uma operadora do CODU do INEM com um bombeiro de Favaios, mas poucos falam da resposabilidade POLÍTICA. Só por isso o inenarrável Correia de Campos já deveria ter calçado as pantufas. Mas o mais incrível é a actuação do primeiro-ministro. Com uma estratégia de comunicação ímpar (já requisitada pelos líderes dos países mais avançados do Mundo) "passeia-se" pelos intervalos da chuva.
Entretanto, sabe-se que o governo decidiu atacar o mais popular instrumento de poupança nacional: os certificados de aforro. A maioria está a subir de forma vertiginosa à cabeça dos governantes deste PS light. A "ditadura" está de volta... Vamos a ver o que acontece em 2009.

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