quarta-feira, 16 de julho de 2008

Roupa suja

Se algum dia me candidatasse a um cargo público teria, primeiro, de fazer um exame introspectivo a tudo que se tinha passado na minha vida: se fui multado por conduzir bêbado, se roubei um chocolate no supermercado, na idade da parva, se atirei uma pedra a um menino quando tinha 5 anos, etc., etc. Só depois de esse registo íntimo e pessoal e, também, com o criminal na mão, avançaria. Todos teriam de saber se “pequei”, se fumei erva ou se andei de chupeta até aos 10 anos. Feita a revelação pública, ninguém poderia criticar-me. Estava “limpinho”. O que parece não ser o caso do famigerado bastonário da Ordem dos Advogados. Marinho Pinto, ex-jornalista, atira em tudo o que mexe. Faz alarido na praça pública, chama nomes feios e diz, por outras palavras, que há máfia, na OA. Segundo o DN de hoje, Marinho, eleito como “advogado de província” também comeu do “bolo” da formação ao ter sido, ele próprio, formador de estagiários de Coimbra. Mais, salvaguardou 40 mil euros, como subsídio de reintegração após a saída da ordem. O “provinciano” não brinca. Nesta história toda há a reter dois factos: quem tem telhados de vidro não atira pedras aos outros e o que pareciam ser denúncias graves e sustentadas, afinal e até aqui, não têm passado de..ar. Quem disse que os provincianos não são (também) uns artistas? Alegadamente, sr. Bastonário.

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