sexta-feira, 25 de julho de 2008

A sina de se chamar SÁBADO

A revista SÁBADO chegou para destronar a acomodada VISÃO. Daí para cá tem sido um “vê se te avias” de quem consegue mais audiências. Na última edição, a SÁBADO faz manchete com o sugestivo título de “Médicos viciados”. Uma delícia. Ler a “reportagem” é um acto heróico para o leitor mais exigente. A pobreza dos factos apresentados nem daria para o mísero 10 com que muitos alunos escapam às orais da faculdade. A revista lança a suspeita, generalizada, sobre uma classe hiper-corporativa, sem brio, atabalhoadamente. Fala de um cirurgião que opera bêbado, dando umas pistas miseráveis sobre quem possa ser. São páginas triviais que não vem acrescentar nada de novo em que o cuidado maior é produzir os prós e os contras das substâncias inseridas por alguns clínicos. Num país à séria a revista teria de se explicar às autoridades competentes. O erro não está em denunciar, está em apontar o dedo, baseado num manto de retalhos. Eu, como muitos, gostava de saber em que zona do país está o maior número de médicos “perigosos”. Em que concelhos, em que faixas etárias, etc. Já agora lanço o desafio: e que tal a SÁBADO fazer uma reportagem alargada no “Snob”, a partir da 1 da manhã. Pode ser em qualquer dia da semana. Garanto que vai encontrar muito viciado…em jornalismo e noutras coisas.

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