segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Sem paciência

Já aqui afirmei que não nutro especial simpatia por Mário Soares. No meu desempenho profissional cruzei-me com ele - talvez - quatro vezes. Deixou-me a impressão de uma pessoa astuta, fria, impaciente. Não renego o seu papel na história recente, mas julgo que a Nação já lhe pagou tudo. Mas o homem continua a "cavalgar a onda", sob os holofotes de uma comunicação social dócil e atenta a todos os caracteres que debita do alto dos seus 83 anos. Num colóquio promovido em Lisboa, hoje, sobre o futuro da Europa, Soares volta a bater impiedosamente nos EUA e em Bush. Na relação com os EUA continuamos a ser subservientes, sem voz própria, é verdade. As querelas internas, as divergências não deixam que a Europa saia do caldo de matriz norte-americano, mas temos de recohecer que a América é uma nação livre e que o Mundo lhe deve também alguma coisa. Mário Soares até poderia ter alguma razão e tirava-lhe o chapéu se fosse coerente. Não o é. Quando se senta à mesa ou entrevista Hugo Chávez, Soares trai uma das suas principais bandeiras: a liberdade. A partir daí merece-me pouco crédito. Infelizmente.

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