sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O corporativismo do sr. general


Ontem, quando ia para casa, parei ao lado de um automóvel no semáforo. Um automóvel civil, com dois militares no interior. O soldado ao volante, com ar enfadonho, banco descaído quase até ao porta-bagagem e o superior a trás, refastelado no banco e apenas com a cabeça (careca) visível do exterior. Eram 19 horas e a TSF lançou o ar grave do general Loureiro dos Santos, militar respeitado, especialista em geoestratégica, voz ouvida nos media, ex-chefe de estado maior do Exército e autor de diversas obras. Disse ele que é preciso levar a sério as reivindicações dos militares, os seus sentimentos, porque há muitos que estão desiludidos com o Governo (por lhes ter sido cortadas várias tetas onde estavam habituados a mamar, digo eu). Continuava Loureiro dos Santos que a revolução de Abril foi difícil e que o 25 de Novembro também. Sinceramente não entendo nem compreendo o que quer dizer esta chefia militar na reserva, portanto "à civil". Só me apeteceu saltar do carro e despejar aquela patente castrense que estava a meu lado, no semáforo, espojada, a ser conduzida por um mancebo, num carro movido por mim e por todos os que não têm o direito de ser conduzidos. Já agora o que diz o regulamento de disciplina militar sobre as declarações do sr. general? É que a liberdade de expressão foi uma conquista de Abril, mas incitamentos a eventuais insubordinações militares, não.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tens razão..

Fica bem,
UmNome

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