Mário Crespo levou ontem ao seu jornal das 9, da SIC N, o último ministro dos Negócios Estrangeiros do antigo regime. Rui Patrício está velho, mas tem a memória fresca. O problema é que o jornalista gosta, de vez em quando, de revelar a sua veia literária e de sacar uma série de frases de diversos livros. Nem sempre é feliz. Rui Patrício continua a defender a sua dama e as políticas marcelistas, designadamente em relação às ex-colónias. Crespo quis "fazer o bonitinho" e perdeu um momento único de protagonizar uma entrevista que poderia ter sido interessante. Ficou-se pelas minudências no confronto, enfim, do que poderia ter sido e não foi. Perdeu-se na vertigem da auto-glorificação, na bebedeira narcísica de se auto-referir (era alferes quando Patrício era MNE). Não havia necessidade. Rigorosamente.
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