«O comércio tradicional está a morrer porque não soube evoluir. Eu, se tivesse uma mercearia sabia exactamente o que fazer para me safar e safava-me bem. Tinha empregados para entregas ao domicílio, impecavelmente vestidos com farda branca, os produtos arrumados e de uma qualidade única. E depois: serviço ao consumidor» - Alexandre Soares dos Santos, DE, 2008/06/27
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Empreendorismo
Não é a primeira vez que crítico o estado de lamúria permanente em que o povo português gosta de estar mergulhado. Está-lhes nos genes. O que é mesmo lamentável é que esse espírito perpasse para a vida profissional, para os negócios. Mas é o que acontece. Alexandre Soares dos Santos, dono da Jernónimo Martins faz hoje, no Diário Económico, uma análise simples mas precisa sobre o estado da Nação. A não perder.
A gritaria da Quadratura do Círculo
 Às quintas-feiras tento não perder a Quadratura do Círculo, na SIC-N. Sempre apreciei o programa e as prestações dos seus elementos. Jorge Coelho, Lobo Xavier e Pacheco Pereira conversavam serenamente, com humor e sem amarras às políticas defendidas pelos respectivos partidos. Muitas vezes distanciavam-se e até criticavam os timoneiros. Desde a saída de Coelho e a vitória de Ferreira Leite no PSD, a coisa mudou. António Costa, presidente e recandidato a Lisboa defende a sua dama, não deixa passar uma farpa dos colegas e fala por cima dos outros. Pacheco Pereira agarra a defesa da presidente do PSD. Compreende-se. Mas o programa está a perder a piada. No de ontem Carlos Andrade passou-se literalmente com a bagunça do painel. Assim não, começo a perder a esperança do velho programa, da bonomia e análise descomprometida de Coelho e Pacheco. O mal começou com a entrada de Costa. António José Seguro, António Arnout dariam outra serenidade e segurança. É uma pena.
Às quintas-feiras tento não perder a Quadratura do Círculo, na SIC-N. Sempre apreciei o programa e as prestações dos seus elementos. Jorge Coelho, Lobo Xavier e Pacheco Pereira conversavam serenamente, com humor e sem amarras às políticas defendidas pelos respectivos partidos. Muitas vezes distanciavam-se e até criticavam os timoneiros. Desde a saída de Coelho e a vitória de Ferreira Leite no PSD, a coisa mudou. António Costa, presidente e recandidato a Lisboa defende a sua dama, não deixa passar uma farpa dos colegas e fala por cima dos outros. Pacheco Pereira agarra a defesa da presidente do PSD. Compreende-se. Mas o programa está a perder a piada. No de ontem Carlos Andrade passou-se literalmente com a bagunça do painel. Assim não, começo a perder a esperança do velho programa, da bonomia e análise descomprometida de Coelho e Pacheco. O mal começou com a entrada de Costa. António José Seguro, António Arnout dariam outra serenidade e segurança. É uma pena.Lido, Barreirinha e Ponta Gorda
 Portugal continental tem uma costa de praia invejável. No entanto não se criam condições para podermos frequentá-las com o mínimo de conforto e - muitas vezes - de higiene. Eu, que já não embalo na melodia de ficar à torreira do Sol até às 20H, desespero por um sítio onde me ofereçam o mínimo. Complexos balneares é coisa que não existe. Lembro-me da piscina oceânica de Oeiras, onde um ingresso custa 12,50€! Só os hoteis vão conseguindo esbater a coisa, mas a peso de ouro e na sua maioria sem água salgada. Ontem dei-me ao trabalho de ver como vão os meus "Lido", "Poças do Governador" e a "Barreirinha", no Funchal, claro está. Ficam os links para os que se contentam em molhar os pés nas gélidas águas da Costa de Caparica, Carcavelos e afins. Reparem nos preços e nos serviços que oferecem.
Portugal continental tem uma costa de praia invejável. No entanto não se criam condições para podermos frequentá-las com o mínimo de conforto e - muitas vezes - de higiene. Eu, que já não embalo na melodia de ficar à torreira do Sol até às 20H, desespero por um sítio onde me ofereçam o mínimo. Complexos balneares é coisa que não existe. Lembro-me da piscina oceânica de Oeiras, onde um ingresso custa 12,50€! Só os hoteis vão conseguindo esbater a coisa, mas a peso de ouro e na sua maioria sem água salgada. Ontem dei-me ao trabalho de ver como vão os meus "Lido", "Poças do Governador" e a "Barreirinha", no Funchal, claro está. Ficam os links para os que se contentam em molhar os pés nas gélidas águas da Costa de Caparica, Carcavelos e afins. Reparem nos preços e nos serviços que oferecem.quinta-feira, 26 de junho de 2008
Cheira a morte
 No Zimbabué manda o ditador. Robert Mugabe põe e dispõe de acordo com o apetite dos seus 83 anos e quase 30 de poder. O carrasco mata aos olhos da comunidade internacional - a tal que salvou os iraquianos de Sadam - cala a oposição, faz tábua rasa dos direitos humanos e ainda se passeia pelo Mundo. Para onde vamos ao fechar os olhos a este homem desorientado na própria teia que urdiu? Que iniciativa - a não ser a apoiar as inofensivas condenações da ONU - teve os EUA, a UE e Portugal? Quase nada. O Zimbabué é o espelho fiel da amargura mórbida e sangrenta porque passa grande parte da população africana. Os "brancos" foram e vão, ainda, lá apenas para sacar. Os que tomam o poder espezinham para reinar, para enriquecer. Perante o monstro fecha-se os olhos e suspira-se, apenas. Cheira a morte!
No Zimbabué manda o ditador. Robert Mugabe põe e dispõe de acordo com o apetite dos seus 83 anos e quase 30 de poder. O carrasco mata aos olhos da comunidade internacional - a tal que salvou os iraquianos de Sadam - cala a oposição, faz tábua rasa dos direitos humanos e ainda se passeia pelo Mundo. Para onde vamos ao fechar os olhos a este homem desorientado na própria teia que urdiu? Que iniciativa - a não ser a apoiar as inofensivas condenações da ONU - teve os EUA, a UE e Portugal? Quase nada. O Zimbabué é o espelho fiel da amargura mórbida e sangrenta porque passa grande parte da população africana. Os "brancos" foram e vão, ainda, lá apenas para sacar. Os que tomam o poder espezinham para reinar, para enriquecer. Perante o monstro fecha-se os olhos e suspira-se, apenas. Cheira a morte!E a saúde, senhores?
 Correia de Campos auto-intitulou-se de "corrosivo". Quer se goste ou não o homem tem pinta, driblava bem o adversário e estava a reformar o sector da Saúde em Portugal. Se estava a seguir o melhor caminho é questionável, mas teve a coragem de agitar águas que quase ninguém se atreve a mover. Os media cairam-lhe em cima e o homem foi despachado. Bem sei que se colocava a jeito de levar pancada, mas há um facto curioso após a saída de Campos: as notícias dos nascimentos em ambulâncias, das trapalhadas do INEM, das reivindicações por esse país fora, das listas de espera, do velhinho que esperou cinco minutos pela ambulância, terminaram. A actual ministra, Ana Jorge, trouxe a paz à Saúde nacional. Eu agradeço-lhe em nome dos media.
Correia de Campos auto-intitulou-se de "corrosivo". Quer se goste ou não o homem tem pinta, driblava bem o adversário e estava a reformar o sector da Saúde em Portugal. Se estava a seguir o melhor caminho é questionável, mas teve a coragem de agitar águas que quase ninguém se atreve a mover. Os media cairam-lhe em cima e o homem foi despachado. Bem sei que se colocava a jeito de levar pancada, mas há um facto curioso após a saída de Campos: as notícias dos nascimentos em ambulâncias, das trapalhadas do INEM, das reivindicações por esse país fora, das listas de espera, do velhinho que esperou cinco minutos pela ambulância, terminaram. A actual ministra, Ana Jorge, trouxe a paz à Saúde nacional. Eu agradeço-lhe em nome dos media.sexta-feira, 20 de junho de 2008
Acabou o orgasmo (quase) colectivo
 A selecção portuguesa de futebol foi eliminada do Euro 2008, pelo colosso alemão. Jogámos bem, muito bem. Gostei especialmente de Bosingwa. Deco, Pepe e Nuno Gomes. Estiveram num excelente nível. Cristiano Ronaldo esteve “apertado”, mas com mestria e a restante equipa merece o “Muito Bom”. Ricardo, na baliza, continua a merecer. Perdemos com a sensação de que vencemos, por termos jogado bem. Scolari sai sem culpas no afastamento. O “orgasmo” que varreu o país de norte a sul, esvaiu-se, gélido. A realidade vai regressar, com o aumento do petróleo, a falta de dinheiro e o duro quotidiano pela frente. Para muitos os tempos são de incertezas. O sentar-se no sofá e torcer por Portugal tinha o efeito placebo. Mas acabou.
A selecção portuguesa de futebol foi eliminada do Euro 2008, pelo colosso alemão. Jogámos bem, muito bem. Gostei especialmente de Bosingwa. Deco, Pepe e Nuno Gomes. Estiveram num excelente nível. Cristiano Ronaldo esteve “apertado”, mas com mestria e a restante equipa merece o “Muito Bom”. Ricardo, na baliza, continua a merecer. Perdemos com a sensação de que vencemos, por termos jogado bem. Scolari sai sem culpas no afastamento. O “orgasmo” que varreu o país de norte a sul, esvaiu-se, gélido. A realidade vai regressar, com o aumento do petróleo, a falta de dinheiro e o duro quotidiano pela frente. Para muitos os tempos são de incertezas. O sentar-se no sofá e torcer por Portugal tinha o efeito placebo. Mas acabou.Sextas-feiras
À sexta-feira tento por a leitura dos jornais em dia. Já não reservo o Sábado para essa tarefa. Os tempos das novidades servidas pelo Expresso acabaram para mim há largos anos. Sexta é que é. Por norma a agenda está vazia. Gosto. De ler as novidades com sabor a lazer. Os jornais oferecem-nos outras leituras, mais leves e interessantes. Eu que tenho vindo a apurar os requintes de malvadez para com a Imprensa em geral, rendo-me ao Jornal de Negócios (JdN) e ao Diário Económico. Hoje, por exemplo, o JdN oferece-nos uma excelente edição, um editorial muito bem conseguido pela Helena Garrido e uma entrevista, mais uma, da Anabela Mota Ribeiro, que despe por completo António de Almeida. E ainda existem as imprescindíveis “Must” e “Fora de Série”. Rigorosamente a não perder. 
Basta que sim!
 “Basta que sim” é uma expressão madeirense, bem madeirense, utilizada, muitas vezes, pelo meu avô materno. “Bata que sim” tanto serve para usarmos perante uma estupefacção, como para ironizar perante uma tolice qualquer…
“Basta que sim” é uma expressão madeirense, bem madeirense, utilizada, muitas vezes, pelo meu avô materno. “Bata que sim” tanto serve para usarmos perante uma estupefacção, como para ironizar perante uma tolice qualquer…A RTP, que tem uma programação relativamente equilibrada, perdeu a cabeça e “deitou-se” perante Mário Soares. No alto dos seus respeitáveis 83 anos, o ex-monarca teima em não parar, o que lhe faz muito bem à saúde. Invejo-o nesse particular. Vai daí a utilizar um meio público para conversar com os amigos, vai uma grande distância. Em pleno século XXI, a RTP soçobra perante o “pai da nação” e permite que, em horário nobre, converse com os amigos. No primeiro programa (o primeiro tem sempre aquele significado) o convidado foi Hugo Chavéz, inenarrável presidente da Venezuela. Esse paradigma da democracia mundial falou das suas políticas “boliverianas, cristãs, socialistas” como quem compra nabos no mercado. Fiquei a saber que a Venezuela é um paraíso na Terra, onde os agricultores guiam tractores com ar condicionado. E onde a liberdade de expressão é um facto mais que adquirido. O que a oposição diz é mentira. Basta que sim, Dr. Mário Soares! Será que vamos ter de repetir a enigmática frase que Cavaco Silva proferiu, quando era primeiro-ministro sobre o sr.? Aquela da “dignidade”…
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Promoção pessoal
 Já era de esperar. Com o Euro na boca do povo, a comunicação social, a dita generalista, não faz outra coisa que não seja falar de futebol. Ela é a saída de Scolari, a ida de Ronaldo para o Real Madrid...tanta coisa que há para dizer desse mundo. Nada me enche, apenas as bolas que entram na baliza do adversário. (Fernando Seara, em directo, agora, na SIC-N, dá-se ao luxo de apresentar as alturas dos jogadores alemães e portugueses)...Rigorosamente verdade. Como se aqueles homens se medissem aos palmos. Fiquei também hoje a saber que Mr. Scolari quis cortar o cabelo e fez mais uma caminhada pelas ruas da Suíça. Estou siderado com tanta novidade. Se voltasse atrás queria ser jornalista desportivo. (E eu a pensar que a política era um antro de podridão). Esta malta é só promoção pessoal.
Já era de esperar. Com o Euro na boca do povo, a comunicação social, a dita generalista, não faz outra coisa que não seja falar de futebol. Ela é a saída de Scolari, a ida de Ronaldo para o Real Madrid...tanta coisa que há para dizer desse mundo. Nada me enche, apenas as bolas que entram na baliza do adversário. (Fernando Seara, em directo, agora, na SIC-N, dá-se ao luxo de apresentar as alturas dos jogadores alemães e portugueses)...Rigorosamente verdade. Como se aqueles homens se medissem aos palmos. Fiquei também hoje a saber que Mr. Scolari quis cortar o cabelo e fez mais uma caminhada pelas ruas da Suíça. Estou siderado com tanta novidade. Se voltasse atrás queria ser jornalista desportivo. (E eu a pensar que a política era um antro de podridão). Esta malta é só promoção pessoal. domingo, 15 de junho de 2008
O dono da bola
Disse-me Almeida Santos, há mais de dez anos, numa entrevista, que a Liberdade e a Democracia têm destas coisas: qualquer um pode dizer os maiores disparates em cima de um caixote que ninguém lhe faz nada. Rui Santos, o teórico que a SIC tornou no "papagaio" de serviço dos comentários de futebol, diz as maiores asneiras com o ar mais sério do mundo. O homem enerva-me porque é um falso pedagogo, porque fala da bancada, porque, em meu entender, é parcial. Tudo o que está relacionado com a saída de Scolari é tão estúpido, tão ridículo, mesquinho, que não há pachorra. A meio de toda a confusão, o Santos disse uma certa: quem fez papel de tontos na dita conferência portuguesa foram os jornalistas... portugueses. Sim, o "Mr." disse "ponto final no assunto" e os domesticados funcionários dos media, disseram "yes". E paciência para esta malta? Só mais uma para o Santos, da SIC: porque não se propõe a próximo seleccionador, acumulando com o cargo de presidente da FPF? Maby.
Vencer na vida
Luiz Filipe Scolari foi um jogador medíocre, mas como treinador tem vencido. É brasileiro e conquistou a Europa. Em cinco anos e meio em Portugal ganhou muito dinheiro porque soube aproveitar o que os outros descuram. Planeou a sua carreira ao milímetro, ganhou muitos euros em publicidade, deu conferências a executivos, sobre estratégia. Enfim, fez tudo aquilo que a maioria dos portugueses deseja mas não tenta imitar. A isto chama-se empreendorismo, "bola para a frente"! Aprendam, imintem-no e serão mais felizes.
Profetas da desgraça
 Em Portugal cultiva-se o miserabilismo, a mediocridade, a lamúria. Somos uns coitadinhos perante todas as adversidades. É assim desde sempre. O que falta a este povo é optimismo, auto-estima, coragem para avançar. O "Velho do Restelo" é, talvez, a melhor imagem que caracteriza a personalidade de todos nós. "Mais vale prevenir que remediar", "o medo guarda a vida", "mais vale um pássaro na mão que dois a voar", são expressões indissociáveis do nosso código genético, que não nos permite avançar de cabeça erguida e seguros de nós próprios. Tudo isto perpassa as nossas vidas, qual capa securitária perante as malvadezas dos outros. Depois somos invejosos. Olhamos de esguelha, "com a pulga atrás da orelha", para o sucesso do colega, do vizinho, do familiar. É tão usual perante a determinação dos outros, frases como estas: "ali há esquema", "como pode ele levar aquela vida?...'". E é assim que o nosso povo vive... Scolari é o oposto, tal como Mourinho, Sobrinho Simões, António Damásio e tantos outros. O primeiro tem vantagem: é brasileiro, chegou a Portugal perante um coro de assobios, viu e venceu. É o melhor treinador que alguma vez passou pela selecção. Pôs o país a berrar pelo "onze" e encheu de bandeirinhas as marquises nacionais. Chegou à hora do homem partir para outras paragens, para ganhar mais, para abraçar um novo desafio. E o que diz a maioria de nós? E os pseudo-treinadores de bancada? Que Scolari é "cão que não conhece dono", que escolheu mal o "timing" (até nas expressões somos infelizes), que a equipa está em "sofrimento", etc., etc. Se Portugal perder um jogo, o brasileiro vai ser (finalmente) crucificado por aqueles que, desconfiados, o abraçaram. A que chega a inveja, a maledicência. Por mim, garanto-vos, continuarei a desejar-lhe sorte e a reconhecer o seu grande trabalho à frente da nossa selecção. Até quando vamos querer ser os coitadinhos, os desprotegidos? Até quando vamos querer o mal dos outros? O que queriam que o homem dissesse ontem na conferência de imprensa? Que chorasse? Pedisse desculpas? Quem me dera ter um pouco de Scolari dentro de mim...É a choldra, amigos, a choldra.
Em Portugal cultiva-se o miserabilismo, a mediocridade, a lamúria. Somos uns coitadinhos perante todas as adversidades. É assim desde sempre. O que falta a este povo é optimismo, auto-estima, coragem para avançar. O "Velho do Restelo" é, talvez, a melhor imagem que caracteriza a personalidade de todos nós. "Mais vale prevenir que remediar", "o medo guarda a vida", "mais vale um pássaro na mão que dois a voar", são expressões indissociáveis do nosso código genético, que não nos permite avançar de cabeça erguida e seguros de nós próprios. Tudo isto perpassa as nossas vidas, qual capa securitária perante as malvadezas dos outros. Depois somos invejosos. Olhamos de esguelha, "com a pulga atrás da orelha", para o sucesso do colega, do vizinho, do familiar. É tão usual perante a determinação dos outros, frases como estas: "ali há esquema", "como pode ele levar aquela vida?...'". E é assim que o nosso povo vive... Scolari é o oposto, tal como Mourinho, Sobrinho Simões, António Damásio e tantos outros. O primeiro tem vantagem: é brasileiro, chegou a Portugal perante um coro de assobios, viu e venceu. É o melhor treinador que alguma vez passou pela selecção. Pôs o país a berrar pelo "onze" e encheu de bandeirinhas as marquises nacionais. Chegou à hora do homem partir para outras paragens, para ganhar mais, para abraçar um novo desafio. E o que diz a maioria de nós? E os pseudo-treinadores de bancada? Que Scolari é "cão que não conhece dono", que escolheu mal o "timing" (até nas expressões somos infelizes), que a equipa está em "sofrimento", etc., etc. Se Portugal perder um jogo, o brasileiro vai ser (finalmente) crucificado por aqueles que, desconfiados, o abraçaram. A que chega a inveja, a maledicência. Por mim, garanto-vos, continuarei a desejar-lhe sorte e a reconhecer o seu grande trabalho à frente da nossa selecção. Até quando vamos querer ser os coitadinhos, os desprotegidos? Até quando vamos querer o mal dos outros? O que queriam que o homem dissesse ontem na conferência de imprensa? Que chorasse? Pedisse desculpas? Quem me dera ter um pouco de Scolari dentro de mim...É a choldra, amigos, a choldra.quinta-feira, 12 de junho de 2008
Pérola do dia
Viva Ronaldo & companhia
 Portugal não tem uma equipa de estrelas, de "monstros sagrados". Tem funcionado bem a selecção de Scolari, com pequenas falhas aqui e ali. Ronaldo, Deco, Bosingwa, Moutinho e até (quem diria?) Nuno Gomes têm feito um excelente trabalho. Para mal de muitos Ricardo tem também estado em bom nível, o que nos tem permitido vencer. E nós, portugueses, estamos sedentos de vitórias, de alegrias. Valha-nos a "redondinha". Num país em convulsão, cheio de "tristes sinas" é uma alegria vê-los jogar. Até onde vão? Pouco importa, se continuarem a mostrar espiríto de equipa, que é o tem faltado, desde há muitos séculos, ao nosso povo.
Portugal não tem uma equipa de estrelas, de "monstros sagrados". Tem funcionado bem a selecção de Scolari, com pequenas falhas aqui e ali. Ronaldo, Deco, Bosingwa, Moutinho e até (quem diria?) Nuno Gomes têm feito um excelente trabalho. Para mal de muitos Ricardo tem também estado em bom nível, o que nos tem permitido vencer. E nós, portugueses, estamos sedentos de vitórias, de alegrias. Valha-nos a "redondinha". Num país em convulsão, cheio de "tristes sinas" é uma alegria vê-los jogar. Até onde vão? Pouco importa, se continuarem a mostrar espiríto de equipa, que é o tem faltado, desde há muitos séculos, ao nosso povo.terça-feira, 10 de junho de 2008
Uma pálida imagem
 Não poderia deixar em branco. Ao Domingo refastelo-me no sofá, como um menino, e espero pacientemente por "Conta-me como foi". A série prende-me ao ecrã. Excelente o desempenho de Miguel Guilherme e Rita Blanco. No últimio Domingo a RTP não passou o habitual episódio para transmitir uma lamentável entrega de prémios, género "Globos de Ouro"... Mudei de canal e deixei-me na SIC. Estava lá o Herman. O do "Tal Canal", "Hermanias" e da "Roda da Sorte" - um medíocre concurso televisivo do início dos anos 90 (lembram-se da Rute Rita?) - que o "verdadeiro artista" tornava numa paródia pegada. Em 30 minutos, Herman rebolava, cantava, fazia tanta asneira que o concurso foi um caso sério de audiências. Com a entrada da SIC e TVI, Herman ficou atónito, zonzo. Começou a perder-se, apesar de já não ter de provar nada a ninguém. É como o Pelé ou Maradona. Para mim foram os melhores por mais Ronaldos que existam. O concurso que conduz na SIC - "Chamar a Música" - é tão pobre, tão miserável, tão tão... que dá dó. Como pode Herman permitir esta pálida impressão de uma imagem grandiosa que fez rir até às lágrimas gerações de portugueses?
Não poderia deixar em branco. Ao Domingo refastelo-me no sofá, como um menino, e espero pacientemente por "Conta-me como foi". A série prende-me ao ecrã. Excelente o desempenho de Miguel Guilherme e Rita Blanco. No últimio Domingo a RTP não passou o habitual episódio para transmitir uma lamentável entrega de prémios, género "Globos de Ouro"... Mudei de canal e deixei-me na SIC. Estava lá o Herman. O do "Tal Canal", "Hermanias" e da "Roda da Sorte" - um medíocre concurso televisivo do início dos anos 90 (lembram-se da Rute Rita?) - que o "verdadeiro artista" tornava numa paródia pegada. Em 30 minutos, Herman rebolava, cantava, fazia tanta asneira que o concurso foi um caso sério de audiências. Com a entrada da SIC e TVI, Herman ficou atónito, zonzo. Começou a perder-se, apesar de já não ter de provar nada a ninguém. É como o Pelé ou Maradona. Para mim foram os melhores por mais Ronaldos que existam. O concurso que conduz na SIC - "Chamar a Música" - é tão pobre, tão miserável, tão tão... que dá dó. Como pode Herman permitir esta pálida impressão de uma imagem grandiosa que fez rir até às lágrimas gerações de portugueses?Foto: Gustavo Bom
Assobios
 Sócrates está a engolir em seco. Reconheçamos: ir a todo o lado e ser assobiado, apupado, repudiado, não é agradável. A economia internacional desfavorável está a dar cabo dos projectos do PM para 2009. O homem começa a dar sinais de desgaste, apesar do esforço em sentido contrário. O aumento dos combustíveis, a paralisação de camiões e o início da falta de alimentos nos supermercados, está a dar sérias dores de cabeça a Sócrates. Alguma coisa terá de fazer. Por onde irá? Acenar aos manifestantes não chegará. A maioria absoluta está mais longe que nunca. A quanto está o barril de petróleo.
Sócrates está a engolir em seco. Reconheçamos: ir a todo o lado e ser assobiado, apupado, repudiado, não é agradável. A economia internacional desfavorável está a dar cabo dos projectos do PM para 2009. O homem começa a dar sinais de desgaste, apesar do esforço em sentido contrário. O aumento dos combustíveis, a paralisação de camiões e o início da falta de alimentos nos supermercados, está a dar sérias dores de cabeça a Sócrates. Alguma coisa terá de fazer. Por onde irá? Acenar aos manifestantes não chegará. A maioria absoluta está mais longe que nunca. A quanto está o barril de petróleo.O lapso de Cavaco e a futilidade...
Cavaco Silva nunca se referiria ao 1o de Junho como o dia da "raça". Homem pragmático, estudioso, o Presidente da República não daria esse bom-bom ao PCP e ao BE. Com tantos problemas que atravessa o país só a futilidade que vai dominando os nossos dias e os nossos media darão importância a isso. É a "piolheira", como disse sabiamente D. Carlos.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
A bola vai começar a rolar
O país vai parar, já não com a garra de 2004, mas vai parar. Portugal entra em campo amanhã, no euro de futebol. Sócrates terá tempo para descansar. Manuela Ferreira Leite para preparar-se para o congresso. Vão serenar as histerias no PS e os comunas vão continuar com os almoços de luta por esse país. O que interessa é que ela entre...na baliza do adversário, entenda-se, a bola. Sábias palavras as do arcebispo de Braga, hoje ao DN: "o povo portugês gosta é de novelas e futebol"! Amén
quinta-feira, 5 de junho de 2008
A puta da crise
Vamos continuar a vê-las passar?
quarta-feira, 4 de junho de 2008
terça-feira, 3 de junho de 2008
Palhaços e palhaçadas (II)
 José Mourinho é bom treinador? É. José Mourinho veio do nada e venceu? Sim. José Mourinho é conhecido no mundo inteiro, tem muito dinheiro e fãs? Sim, sim e sim.
José Mourinho é bom treinador? É. José Mourinho veio do nada e venceu? Sim. José Mourinho é conhecido no mundo inteiro, tem muito dinheiro e fãs? Sim, sim e sim.José Mourinho é um "bom produto", "vende bem", veste bem, tem uma boa aparência, tem carisma. Saiu de Setúbal e ganhou o mundo. Não é o português calão: trabalha, esforça-se, aplica-se. Coisas que a maioria dos conterrâneos não fazem. Quando muitos se lamentam ele estuda. Exagerou ao não falar português em Itália, é verdade, mas não será menos verdade que o tumulto que se levantou para o criticar - em especial na blogosfera - é manifestamente exagerado e ampliado. Mourinho causa inveja, pelos seus feitos. Digam o que disserem, não esqueçam este pequeno pormenor. Quanto ao comportamento da Imprensa esse sim, entristece-me, porque percorrem o caminha mais fácil. Subserviente até! O Mourinho, sinceramente, fico satisfeito por saber falar italiano... esforçou-se, meus amigos!
Palhaços e palhaçadas (I)
ÚLTIMA HORA - Fonte amiga fez-me chegar o motivo pelo qual  Mourinho se apresentou hoje ao público italiano com umas olheiras de meio metro. O homem passou a noite a "marrar" o texto que ia debitar na conferência de imprensa, em Milão. Mais: obrigou o mestre italiano a acompanhá-lo na árdua tarefa. Algumas palavrinhas ainda saíram arrastadas, mas o tipo não brinca em serviço. Aplausos!
Palhaçadas e palhaços
 José Morinho apresentou-se hoje aos jogadores e adeptos do Inter de Milão. Falou apenas em duas línguas: italiano e inglês. Português, nem uma palavra, mesmo quando instado pela SIC. Lamentável. Mourinho, como outro meio mundo que por aí abunda, é fruto dos nosso media, dos sabujos da imprensa deportiva. Tem mérito, mas não é um deus. Pelo que vejo o grau de veneração que lhe têm é o mesmo que de medo. O homem fala grosso e bate nos jornalistas. E, muitos deles, gostam. Um espectáculo. Estou curioso para ler as prosas dos escribas. Será que também lhe vão desculpar mais esta?
José Morinho apresentou-se hoje aos jogadores e adeptos do Inter de Milão. Falou apenas em duas línguas: italiano e inglês. Português, nem uma palavra, mesmo quando instado pela SIC. Lamentável. Mourinho, como outro meio mundo que por aí abunda, é fruto dos nosso media, dos sabujos da imprensa deportiva. Tem mérito, mas não é um deus. Pelo que vejo o grau de veneração que lhe têm é o mesmo que de medo. O homem fala grosso e bate nos jornalistas. E, muitos deles, gostam. Um espectáculo. Estou curioso para ler as prosas dos escribas. Será que também lhe vão desculpar mais esta? domingo, 1 de junho de 2008
O humor de Manuela
 Manuela Ferreira Leite, 68 anos, divorciada, católica praticante, amiga de Cavaco Silva, é a nova presidente do PSD. Muito se vai especular nos próximos dias sobre os números da vitória da primeira mulher à frente de um grande partido português. Para mim, ganhou. Pronto! Dizem que é uma mulher séria, credível e com sentido de humor. Esta última qualidade ainda não vimos. É bom que o demonstre, para sairmos desta penumbra bafienta em que está mergulhada a política nacional.
Manuela Ferreira Leite, 68 anos, divorciada, católica praticante, amiga de Cavaco Silva, é a nova presidente do PSD. Muito se vai especular nos próximos dias sobre os números da vitória da primeira mulher à frente de um grande partido português. Para mim, ganhou. Pronto! Dizem que é uma mulher séria, credível e com sentido de humor. Esta última qualidade ainda não vimos. É bom que o demonstre, para sairmos desta penumbra bafienta em que está mergulhada a política nacional. 
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