
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Os caloteiros

Naufrágio
PS e PSD, pelas mais recentes sondagens, deverão ser fortemente penalizados nas legislativas de 2009. Independentemente do universo, da amostra, esses estudos reflectem a alma do povo, do denominado "centrão", que não se revê neste país, adiado, pobre, cheio de nada. À falta de melhor o PS de Sócrates ganha mas perde a maioria absoluta. Nada mais justo para um PM que cultivou o autoritarismo, a arrogância e que se auto-vangloriou na cadeira de S. Bento, longe do país real. A factura a pagar por esses comportamentos - agora a serem corrigidos estratégicamente pelo marketing - vai ser elevada: o português comum vive pior, tem mais dificuldade no acesso à Saúde, vê na Educação uma autêntica bandalheira, compra a crédito e está descrente no futuro. No âmago do povo da classe média, média-baixa, grassa um momento de prostração, de constante "apertar de cinto" em nome da redução do défice para Bruxelas ver. Aí Portugal assemelha-se às equipas de futebol que jogam melhor fora do que em casa. Mas olha à volta e vê um PSD fantasma, despido, demagogo como nunca. Menezes não é solução, não consegue dar a volta porque começou muito mal. Na espécie de governo sombra que está, timidamente a formar evidencia nomes como Henrique de Freitas (?), Tavares Moreira (?), Todo-Bom. Morais Sarmento, António Capaucho, António Borges já disseram de sua justiça. Onde estão Valente de Oliveira, Dias Loureiro, Alexandre Relvas, Passos Coelho, Rui Rio, entre tantos outros? Estamos explicados, julgo.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Só faltava Portas...
Estamos num país onde os cobardes abundam a par das virgens ofendidas. Quase todos os que estão na vida pública se ofendem de vez em quando e se sentem magoados nas profundezas das suas entranhas. E nós, espectadores, vamos assistindo, abismados, muitas vezes a desabafos mais ou menos demagógicos. Não é que Paulo Portas - enrascado em fazer-se renascer das cinzas - veio dizer que vai levar Jaime Silva, ministro da Agricultura, a Tribunal, por causa de uma troca de mimos sobre "calotes", imagine-se. Apesar de não concordar com as suas ideias, reconheço inteligência a Portas. Mas não vale tudo. Esta foi demais!
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
As dores do dr. Barroso
Não, não vou citar O'Neil, nem o famigerado "cherne". Quero falar de outro Barroso, do insigne cirurgião Eduardo Barroso. Confesso que nunca apreciei o seu estilo - apesar de partilharmos o mesmo clube. O dr. Barrosso bramou bem alto o que lhe ia na alma, ontem, numa "primeira mão" que catapultou o anónimo Sociedade Civil, da RTP2, para os telejornais. Bateu com a porta da Autoridade para a Transplatação, devido às críticas publicadas sobre os milhares de euros que recebeu de incentivos, enquanto coordenador clínico do Curry Cabral. Estava condoído, bem como a família, dos vis ataques a que tem sido sujeito. O que sentirá o português comum disto tudo? Um médico que é pago para exercer o seu ofício recebe compensações para para operar mais? Nada a obstar, desde que isso seja feito no privado. No público, não. Livre que nem "um pássaro", o dr. Barroso, pode, agora sim, voltar ao bloco e ganhar os milhões que entender, de preferência numa privada... perto dele.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
As verdades de Fernanda Câncio
Uma última nota: Câncio refere que nem Alberto João Jardim utilizou a família para mostrar mágoa pública. Não é verdade. Aquando da célebre manchete do Tal&Qual, em que surgia de cuecas e de dedo em riste para o Parlamento, AJJ desabafou alto e em bom som, no Porto, que tinha "uma mãe, mulher e filhos".
Seremos, ainda, todos virgens?
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Os "lh" madeirenses
Sou imensamente gozado por (ainda) aplicar os "lh" em palavras difíceis de pronunciar para um madeirense de gema como eu. É a "vilha", o "filhete", a "filha" (em vez de fila), Estorilhe, etc. Finalmente descobri o porquê de falarmos assim. No Dia Internacional da Língua Materna (?), Lídio Araújo, professor do secundário e autor do livro "A Festa" explicou ao DN-Madeira o porquê de tantos "lh" na terra "do povo superior". Tudo se deve à "palatalização" - fenómeno de transformação de sons e ao facto da ilha estar perto da África muçulmana. Como se não bastasse houve também a influência dos emigrantes da Venezuela (brezuelos na gíria insular) e do castelhano herdamos a "semilha". Para compor o ramalhete há a registar a influência do Brasil (nordeste): "ela me disse para esperar", é só um exemplo. Afinal, a cabala de que falou Alberto João Jardim no passado e que implicava Bush (pai), a Trilateral e a Maçonaria, não tem razão de ser. A questão centra-se noutros epicentros....
Muita parra, pouca uva

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Sócrates decreta apoio a Obama

Lembram-se de "O Independente"?

Não entendo Vital Moreira. Sei que é socialista, constitucionalista e uma pessoa muito atenta à actualidade. Apetece, no entento, perguntar-lhe: quando "O Independente" de Portas zurzia a torto e a direito em Cavaco e companhia, com verdades e não verdades, não me lembro de o ver a defender quem quer que fosse. Porque será?
António de Lisboa
António Costa é dos denominados "monstros sagrados" da política. Tem boa imprensa, dizem. Nunca quis perceber bem o que isso possa querer dizer. Mas começo a perceber. O agora presidente da CML é um político arguto, inteligente, que se sabe rodear. Quase nada o atinge, apesar da cidade continuar na mesma ou pior. Lisboa é uma cidade adiada, suja e com poucas atracções. Costa, que anda num virote por causa das contas da autarquia, passa incólome... nos media. Ele aparece para justificar, para ameaçar, para barafustar e até se mete em assuntos que visam o amigo Sócrates (a cabala de Belmiro de Azevedo e da SONAE contra o PM). Tudo isto me faz lembrar Jardim, mas no seu pior estilo. (Na Madeira há obra feita, sim senhor). Voltando a Lisboa: imagine-se que era Soares, Santana ou Carmona a liderar. As manchetes que já não teriam sido gastas. Costa, o salvador, tem mesmo muito boa Imprensa. O caso das chuvadas dos últimos dias é paradigmático!
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Sócrates já pode ir de férias

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
A entrevista

Foto: Meios e Publicidade
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Cupido à solta
«Um estudo da Vault.com indica que 58% dos inquiridos já teve uma relação com o colega de trabalho e 86% (pasme-se) já saiu com o(a) chefe», in DE - 2008/02/14
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
As judiarias de Júdice

Foto: Máxima
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Um Senhor

Charles Aznavour tem uma aura de encanto natural. A personagem sempre me fascinou. Arrasta consigo uma simplicidade reveladora. Num momento - dos poucos - em que a tv do Estado nos mostra coisas interessantes, positivas, a entrevista de Judite de Sousa a Aznavour foi sublime, calma, positiva. Um verdadeiro senhor, que não sabe "cantar" em palyback, que sabe o sentido de palavras tão nossas como fado e saudade, um homem que, aos 83 anos, não quer morrer, que aprecia coisas tão triviais, como uma boa conversa, um bom jantar, que gosta da "atmosfera" de Lisboa, não nos fica indiferente. Mais, pouco se importa se Sarkozi casou ou não com Carla Bruni. À política a política. A entrevista foi um momento agradável, leve, confortável. A ele o meu tributo favorito: La Boheme
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
Os biscates de Mário Crespo

Foto: Selecções Reader's Digest
O negócio da saúde

Ao ver o DN de hoje deparei-me com o título: "Transplantes rendem milhões aos médicos do serviço público". Trabalham por incentivos, o que é positivo. Mas o que dizer deste autêntico negócio, quando sopram ventos cada vez mais fortes de situações gritantes na área da saúde? O povo começa a indignar-se a sério. E tem toda a razão.
PS: Na Madeira, nenhum médico pode cobrar mais que 55€ por consulta, no privado. A convenção assinada com o governo regional assim o determina, com o argumento dos médicos receberem também do público e pelo facto de grande parte população não ter ainda capaciade financeira para entrar no carrossel da livre concorrência. Jardim é do PSD, convém lembrar...
PS: Na Madeira, nenhum médico pode cobrar mais que 55€ por consulta, no privado. A convenção assinada com o governo regional assim o determina, com o argumento dos médicos receberem também do público e pelo facto de grande parte população não ter ainda capaciade financeira para entrar no carrossel da livre concorrência. Jardim é do PSD, convém lembrar...
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Olhos azuis

A assinatura de Sócrates
A ser verdade a notícia do jornal "Público" de hoje, sobre o envolvimento de José Sócrates em projectos que não eram da sua autoria, nos anos 80, estamos perante uma situação grave, que fere seriamente a personalidade do actual primeiro-ministro e que lança sobre ele um labéu de desconfiança complicado de desfazer. A ser verdade, note-se. O próprio desmentiu de imediato, mas não deixou de ser interessante observar a forma como o fez: Sócrates surge sereno e por vontade própria junto dos jornalistas, ao contrário do que é habitual. O discurso estava preparado, estudado. Sócrates olhou de frente as câmaras de tv, como se estivesse a olhar nos olhos dos portugueses, aflito por reconquistar a simpatia perdida. Apesar de nada se ter provado com esta investigação do PÚBLICO, não deixa de merecer observação atenta o timing escolhido para publicar a notícia. E a reacção do PM.
O povo não liga a estas coisas e de certeza que nunca penalizaria um político por estas questões (mesmo que fossem verdadeiras). O que não deixa de ser uma pena.
O povo não liga a estas coisas e de certeza que nunca penalizaria um político por estas questões (mesmo que fossem verdadeiras). O que não deixa de ser uma pena.
A denúncia de "merda"
António Marinho e Pinto fala "grosso" e utiliza as palavras apropriadas. Fez corar Judite de Sousa, quando disse, alto e bom som, M-E-R-D-A. Independentemente do estilo, o agora bastonário da OA, fez uma série de denúncias graves que devem ser investigadas até ao tutano pelas autoridades judiciais. Já não se trata de "atoardas" de um advogado de Coimbra, mas de alguém eleito, com mandato delegado pelo legislador. Algumas carpideiras corporativistas têm tentado abafá-lo, criticando a sua postura "pouco ética". Que importa? Acontecerá alguma coisa? Em causa está o próprio Estado! Ou será que ficará tudo na mesma "merda"?
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